29 de maio de 2010

Alguém que não me quis - Carole Mortimer

Tempo de leitura:
Tudo que Kate queria na vida era entregar-se a Damien Savage, acabar com aquela tortura que dilacerava seu coração a meses. Ela o amava desesperadamente e seu corpo todo queimava de desejo por ele. Um desejo que Damien também sentia, e muito forte. Mas se Kate cedesse seu futuro com ele se resumiria a um caso explosivo que não iria durar mais de 2 semanas. Ele mesmo havia afirmado isso! Porque no coração daquele homem cínico não havia amor para ninguém.

Valeria a pena entregar o corpo e a alma a alguém como Damien na esperança de viver apenas um breve momento de felicidade?

 
 
Palavras de uma leitora...
 
Damien não é o típico mocinho-vilão das histórias que leio. Ele ganhou minha simpatia e carinho... Inclusive minha pena. O desespero dele me fez ter crises de risos frequentes durante a leitura. Gostei muito dele mesmo quando ele ofendia a Kate. O coitado não tinha culpa por julgá-la. Todos pensavam o mesmo que ele. Mas mesmo assim ele foi um cavalheiro em muitas partes.
As personagens que me irritaram tremendamente foram: Matt Stranger, Nigel Humphries, Diana Hall e a pobre coitada da mãe do James, Louise St. Just. Mas de todos eles, Louise ganha em disparada.
 
Um pequeno resumo:
 
Kate não teve uma infãncia feliz. Era filha ilegítima de um homem muito rico, mas não sabia quem ele era e muito menos que tinha um irmão. Foi criada pela mãe, Ângela, que conheceu um homem ao qual ofereceu para Kate, com o intuito de corrigir seu erro do passado. Mas esse padrasto não poderia nunca ser um pai para Kate. Jogava na cara dela e da mãe que tinha arrancado as duas de uma vida indigna. Sua mãe suportou cada dia de sofrimento... Acho que achava que merecia isso por causa de seu "pecado". Ângela se envolveu com um homem casado, quando tinha apenas vinte anos. Eles se amaram, mas ela o abandonou sem dizer que estava grávida. As ameaças da mulher dele, Louise, a amedrontaram o suficiente para fazê-la fugir. Anos depois, antes do seu falecimento, Ângela escreveu uma carta para o pai de Kate o informando que ele tinha uma filha. E pouco tempo antes de morrer, Richard, pai de Kate, a conheceu e reconheceu como sua filha, deixando metade de sua herança para ela. E antes de morrer passou ao filho, James, a responsabilidade pela vida e proteção de Kate. James a colocou num internato para protegê-la, mas depois decidiu tirá-la de lá e fazê-la morar com ele e se passar por sua amante. Ele queria proteger a bruxa da mãe da vergonha de ver todos os erros do seu marido expostos à sociedade. E também queria proteger Kate da vergonha de ser filha ilegítima. Ele e Kate se gostavam muito e ele fazia o papel daquele irmão mais chato e protetor. Nenhum homem nunca era o ideal para fazer parte da vida de sua irmãzinha... E tinha razão. Mas foi o pior deles que fisgou o coração de sua queridinha. Damien Savage cobiçou Kate assim que pôs os olhos nela. E usou de chantagem para fazê-la sair com ele naquele mesmo dia. O engraçado é que ele achava nojento um homem bem mais velho sair com uma mocinha que acaba de sair da adolescência. Criticava o suposto relacionamento dela com James, mas mesmo sendo quinze anos mais velho que ela, não hesitou em seduzí-la. As fugas de Kate acabaram por irritá-lo e ele começou a ficar desesperado.... (mas em nenhum momento a forçou a fazer nada) Chegou a salvá-la duas vezes de ser violentada por Matt, mas começou a achar que ela gostava de provocar os homens e depois os dispensar. Começou uma perseguição de longa duração... E cada vez mais Damien ia perdendo o controle. A desejava como nunca desejou uma mulher e teria lhe oferecido o céu se não tivesse uma imagem tão imoral dela. Mas seu desespero chega ao ponto de recorrer à sua única chance de manter a sanidade: pedi-la em casamento. Ele começa muito mal, mas acabou corrigindo seu erro. E engraçado é que ele não conseguia odiá-la nem machucá-la, mesmo quando tentava com todas as forças fazê-los.
Uma outra parte muito engraçada é quando ele confessa para Kate que ela o deixou impotente. Ele não consegue ter relações com nenhuma outra mulher. Aposto que muitas mulheres gostariam de deixar seus homens assim, né? Nunca precisariam se preocupar com infidelidade.
 
Se você deseja se casar com o homem amado, siga o conselho de Kate: negue-se à ele e no dia seguinte terá uma aliança no dedo e seus nomes assinados num papel.
 
Um pequeno trecho:
 
— Você está dentro do meu sangue. As outras mulheres não existem mais. Não consigo me interessar por nenhuma.

— Oh, Damien. . .
— Pare de falar assim. Está me deixando maluco. — Suas mãos famintas percorreram o corpo dela. — Quero fazer amor com você. Quero ouvi-la gemer o meu nome, gritar o meu nome. . .


Aquilo era uma tortura. Não tinha coragem de dizer que sim. Nem de dizer que não.


— Deixe-me possuir você, Kate.
— Sabe que não posso. Já disse mil vezes por quê. Pare de me atormentar desse jeito.
— Para o inferno com os seus motivos! — Agarrou-a e forçou-a a abrir os lábios para recebei sua boca faminta.


Por que tinham sempre que terminar assim, um nos braços do outro, seus corpos desejando mais? Para Damien, era apenas desejo, mas para ela era amor. E isso fazia toda a diferença!
Ele a dominava completamente. Deitaram-se na grama e Damien prendeu Kate no chão com o peso do corpo. Desabotou seu vestido e os lábios procuraram seus seios. Ela mal conseguia respirar.

— Por favor! Você disse que estava tudo acabado, que não queria me ver nunca mais.
— Estava errado. Não posso ficar longe de você. Não quero ficar. Nós dois sabemos o que eu quero.
— Mas eu já disse. . .
— Eu sei. — Silenciou-a com um beijo. — Pensei muito nisso. Acho que apressei demais as coisas. Você precisa de tempo para me conhecer melhor.
— Não, eu não preciso de tempo. Por que não me deixa em paz? Por que não aceita um não como resposta?
— Porque seu corpo não está dizendo que não. Você é uma completa contradição. Seus olhos e sua boca dizem que não, mas seu corpo diz o contrário.
— É que você usa toda a sua experiência para me dobrar. E tem um bocado, não é? — Levantou-se, sacudindo os restos de grama e terra do vestido.
— Insultos não adiantam nada.
— A verdade é um insulto? — Arrumou o cabelo. Deus, devia estar com uma aparência horrível!


Agora, era ela quem estava decidida a não ver Damien nunca mais. Os dois queriam coisas diferentes da vida, mas não conseguiam controlar a situação, quando se encontravam.


— Não se engane, pensando que pode fugir de mim — ele ameaçou. — Acha que não tentei sufocar esse desejo insaciável que sinto por você? Acredite: eu tentei. Levei para a cama uma dúzia de mulheres nas últimas semanas e elas não fizeram nada por mim... a não ser, me lembrar da mulher que realmente quero.


Kate começou a voltar para a casa, quase correndo.


— Então, arranje outras, e outras. Mas deixe-me em paz! Damien alcançou-a e fez com que o encarasse.
— Não entende o que estou tentando dizer? Não consegui possuir nenhuma delas. Nada aconteceu! Pode acreditar numa coisa dessas?
— Com a sua reputação.. . não — respondeu, com firmeza.
— Nunca aconteceu antes. Não consigo entender.

Uma leitora que se envolve profundamente com as histórias que lê, que é apaixonada por músicas, filmes... uma romântica incurável.Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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