26 de maio de 2010

Escura Manhã - Sara Craven

Tempo de leitura:

Quando Lisa leu a carta de sua irmã de criação, pedindo que voltasse para casa, sabia que não poderia mais fugir do passado nem das lembranças daquele cruel amanhecer, dois anos atrás. Até esse dia, tinha esperanças. Quantas vezes sonhou acordar nos braços de Kane... Mas o que teve de enfrentar foi um pesadelo! Lá fora o céu clareava. No quarto, porém, só havia Kane e a escuridão, uma terrível escuridão que a envolvia e arrastava para as profundezas do inferno. Kane a violentara, não só fisicamente. Tinha destruído todos seus ideais amorosos, apagando o fogo da paixão que existia dentro dela e tornando-a uma mulher incapaz de amar...


Palavras de uma leitora...

Se eu for falar tudo que desejo, não pararei de escrever nem tão cedo... Tinha que ser um florzinha. São sempre dramáticos e na maioria das vezes contém estupro. Na verdade, não sei porque que comecei a ler esse livro. Acho que foi curiosidade. Talvez por ser de uma autora já conhecida. O primeiro livro que li da Sara Craven , foi: "O Herdeiro do Amor" e me apaixonei perdidamente pela história. Mas senti uma decepção imensa ao ler "Viagem sem volta". Foi um choque. Aí, li outros livros e acabei percebendo que a Sara tem dois estilos distintos de escrever. Sabe escrever um romance encantador e sem tanta crueldade e, um cheio de violência, ofensas, humilhações... Enfim, histórias parecidas com as da minha querida autora Lynne Graham ou ainda, Charlotte Lamb.
Bem, mas vamos à história de "Escura Manhã".
Não simpatizei muito com a Julie, irmã adotiva de Lisa, logo no início da história. Por algum motivo sabia que aquela garota mimada e manipuladora traria problemas para a Lisa. E tinha razão. Também sabia que ela estava grávida do James antes do livro revelar. Um sexto sentido ou talvez já esteja acostumada com esse tipo de história. Mas bem, tenho que começar do início para que entendam.

Um pequeno resumo:

Jeniffer vivia de favores na casa da cunhada (mas pagava todas as suas despesas) com a filha pequena, Lisa. Até o dia que conheceu Chás e se casou com ele, levando a filha de dez anos com ela para uma vida completamente diferente. Da pobreza foram para a riqueza de um salto. Tudo era novo para Lisa e ainda por cima, a menina sabia que não seria aceita pelo filho mais velho de Chás, Kane, que tinha vinte e quatro anos na época. Chás tinha uma filha de oito anos, Julie, uma menina medrosa e mimada, que controlava a todos com suas crises de nervos. Lisa cresceu sempre consolando e acobertando as loucuras de Julie. Até o dia que isso arruinou sua vida.
Kane era um homem bastante imaturo e arrogante. Por achar que Lisa estava tendo um relacionamento sexual, e consequentemente perdido a virgindade, com alguém que ele não julgava digno dela, resolveu possuí-la à força, transformando sua primeira vez num pesadelo. E o idiota ainda não percebeu que ela era virgem! Os homens deveriam ser obrigados a saber disso! Adiante...
Lisa foi embora, mas dois anos depois, se viu obrigada a voltar para poder ser madrinha no casamento de sua irmã. O próprio Kane foi buscá-la. Como ousou? Era como se não fosse um agressor sexual, um estuprador, arrogante, egoísta, presunçoso... Já viram que não gosto dele, né? Pois é! Ele já está na lista dos mocinhos-vilão.
Adiante...
E  ao longo da história o desgraçado continua a tratá-la como uma vadia. E chegou a chamá-la de vagabundinha e prostituta. Quem ama não tem o direito de dizer uma coisa dessa! O coração deixaria?
Adiante...
Não posso contar a história toda, por isso vou falar logo das partes que mais me irritaram.
Lisa poderia ter um lugar reservado no céu se não tivesse feito algo que me fez ficar de queixo caído: se ofereceu inteirinha para Kane! Depois de tudo que ele lhe fez, depois de todas as ofensas, agressões físicas, ela simplesmente tirou a camisola e ficou nua na sua frente à sua disposição. Mas ela teve o que mereceu: Ele a rejeitou! Foi cruel sim. Ninguém merecia passar por tamanha humilhação, mas ela pediu por aquilo. Uma mulher não pode ser tão idiota!
E a segunda parte que mais me irritou, foi quando um cara chamado Simon chamou Lisa de vagabundinha frígida e Kane o esmurrou. Quanta indignação para quem havia feito pior! Me deu vontade de socá-lo nessa hora.
E aí vem a parte principal: a facilidade com que Lisa o perdoa. Droga, ela poderia ter feito o infeliz sofrer um pouco. Ele merecia. Tinha que tentar conquistá-la. Lutar por seu amor, por seu perdão... E não recebê-lo com tanta facilidade... Espero que os próximos livros da Sara não deixem à desejar como esse.

Uma leitora que se envolve profundamente com as histórias que lê, que é apaixonada por músicas, filmes... uma romântica incurável.Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

Um comentário:

  1. Concordo sobre o "ato falho" do mocinho não ter notada a virgindade dela (??) Ficou estranho mesmo. Mas quanto ao fato dele sofrer, creio que a autora soube colocar isso na história de uma forma bem sutil... O momento em que eles estão na biblioteca e ele está de 'porre' descarregando sua raiva nela... Toda aquela angustia era por ela. Também o momento em que ele percebe q ela está indo embora de sua vida novamente e a persegue com o carro resultando num acidente... foi puro desespero. Ah, sei lá. Eles já se gostavam de muito antes e aquela irmã chata dele deveria ter levado uns petelecos. Ela foi culpada de 90% da infelicidade desse casal.Quem tem uma irmã daquela não precisa de inimigos.E para finalizar: sobre o estupro concordo que foi um tanto forte, mas tudo acabou bem. Amei.

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