30 de junho de 2012

Divino Tormento - Mary Jo Putney

Tempo de leitura:

(Título Original: Uncommon Vows
Tradutor: Arthur Max Rodrigues de Oliveira
Editora: Nova Cultural)



Lorde Adrian, conde de Shropshire, sabia que lady Meriel de Vere o estava enganando. Majestosa na floresta real, com seu falcão pousado no braço, ela corajosamente proclamava ser uma plebeia galesa, e não uma nobre normanda. Adrian, contudo, contemplou extasiado os cabelos negros como as asas de um corvo e os desafiadores olhos azuis, ouviu suas mentiras, e sentiu uma paixão intensa e primitiva roubar-lhe todo o bom-senso... 

Em um irrevogável lance do destino, Adrian deu ordens para que aquela beldade fosse trancafiada na torre de seu castelo, jurando que iria seduzi-la até que ela lhe contasse a verdade e se entregasse a ele, com beijos tão sequiosos quanto os seus... Meriel, porém, jamais cederia. Morreria se preciso fosse... Esse foi o seu juramento... Até que um inesperado arroubo de impetuosidade envolve Adrian e Meriel numa rede de tormentos que poderá pôr em risco o mais sublime dos amores... 




Palavras de uma leitora...




"Desde o primeiro momento em que a vi, senti que ela era... uma parte de mim que faltava. Que eu jamais conheceria a paz novamente se ela não estivesse por perto."


- Eu estava com medo de escrever essa resenha. Neste exato instante, ainda me sinto insegura. Simplesmente porque é muito difícil falar de um livro que mexeu tanto com o meu coração e arriscaria dizer, tocou até mesmo minha alma. "Divino Tormento" não é um livro qualquer. Não é simplesmente mais um romance. É um livro muito mais especial do que eu imaginaria que ele seria quando comecei a lê-lo. É... sublime. Arrebatador. É o que eu sinto e não consigo colocar em palavras. 



"— Não sou seu carcereiro.
Ela ergueu as sobrancelhas escuras.
— O que é então?
— Talvez eu seja seu destino."



- Não estava nos meus planos ler este livro. Eu nem lembro de ter ouvido falar dele antes. Mas dando uma olhada nos blogs que me são queridos, encontrei uma resenha que me arrebatou e o modo como a blogueira falava do livro, as coisas que ela dizia sobre ele, me fizeram ter certeza absoluta de que eu deveria esquecer todos os outros livros e ler aquele. Que eu precisava daquele livro, entende? Foi um sentimento muito intenso. Algo meio ilógico.rsrs... Eu não sabia por que, mas o livro me "chamava". Sim. Isso talvez seja uma prova de que não sou normal, mas eu nem quis pensar. Comecei a ler o livro. E não demorou muito para eu descobrir por que precisava tanto daquela história. 




"— O que sinto por você não é simples luxúria — disse ele, suavemente. — Para mim você é única e insubstituível, e não a deixarei partir."


- Vocês acreditam em amor à primeira vista? Sei que não é algo em que é fácil acreditar, mas eu sou o tipo de pessoa que acredita em amores que surgem à primeira vista. Quando duas pessoas estão destinadas (também acredito em destino? Às vezes.rsrs...) a se amar é muito possível que elas sintam essa conexão após a primeira troca de olhares. Ou talvez antes. Talvez antes mesmo de se olharem, pelo simples fato de estarem próximas, essas pessoas sintam que existe algo profundo, incompreensível entre elas. Talvez não percebam no primeiro momento que aquilo é amor, mas depois de um tempo, ao olhar para trás, não terão a menor dúvida. Foi o que aconteceu entre Adrian e Meriel. Bastou um simples encontro, um breve momento, para ambos sentirem que pertenciam um ao outro. Adrian não lutou contra essa certeza incompreensível. Ele soube que nunca conseguiria esquecê-la, mesmo se jamais voltasse a vê-la e não era forte o suficiente para lutar contra algo que, no fundo, ele desejava com desespero. Afinal de contas, ele sempre soube que algo faltava em sua vida. E nem mesmo todos os anos dedicados ao Senhor, conseguiram preencher aquele vazio. Mas Meriel, sim, lutou contra esse sentimento. Com todas as suas forças. Era um sentimento que surgiu quando ela menos esperava, que ela não sabia que desejava. Que surgiu num momento em que ela estava extremamente vulnerável. Ela não podia aceitá-lo. Como poderia aceitar o amor que vinha de uma pessoa que a tinha privado de toda a sua liberdade? Que a tinha trancafiado como um passarinho numa gaiola? Ela não podia amá-lo. Ele, para ela, era um monstro. Um anjo caído, que desejava governar sozinho e não tinha a menor piedade de quem quer que fosse. Ao olhar para Adrian, Meriel via o perigo. E corria na direção oposta.


"Mas se o conde fosse um anjo, devia ser um dos anjos caídos de Lúcifer, pois não enxergava nele compaixão ou bondade. Sua intensidade mascarada era mais assustadora que a brutalidade óbvia, e sentiu a garganta seca de medo."


Um pequeno resumo:


Século XII, 1137. Idade Média. 


Adrian sabia que aquela era a escolha certa. Não havia outra opção. Que maneira melhor de dominar sua natureza brutal, violenta e assassina, do que se entregando completamente a Deus? Se tornando monge e passando o resto de sua vida longe do mundo real? Mas no fundo, havia a dúvida. A vontade de desistir. Desistir de lutar tanto contra si mesmo e acreditar. Acreditar que, mesmo sendo mau, tinha o direito de amar e ser amado. Esse era um dos desejos mais secretos de seu coração. O desejo de casar e ter sua própria família. Casar por amor e servir a Deus de outra forma. Mas ele tinha medo. Tinha medo do próprio sangue, de si próprio. E sozinho, jamais conseguiria tomar a decisão de apostar em si mesmo. Mas uma interferência do destino... o obriga a sair de seu mundinho tranquilo e seguro.

No meio da noite, Adrian recebe uma notícia que abala seu autocontrole. Algo que o faz desejar vingança e ter sede por sangue. Algo que o faz tomar a decisão que precisava...

Sua família estava morta. Seu pais, seus irmãos, cunhada e sobrinhos. Seus criados. Todos. Assassinados. A ambição e crueldade de um bandido, tinha matado até mesmo mulheres e crianças. Seu pai e seus irmãos tinham lutado bravamente até a morte. Mas não tiveram a menor chance. Tinham sido enganados, caíram numa armadilha e ninguém pôde sobreviver ao incêndio. 

Adrian não tinha ainda nem dezesseis anos quando foi transformado em guerreiro e herdeiro de seu pai. Seu mundo seguro tinha ficado para trás e ele jurou, naquela mesma noite e diante de Deus, que vingaria sua família. Que reconstruiria Warfield e caçaria seu inimigo até ao inferno se fosse preciso. E o mataria. Mesmo que isso custasse a sua vida. 


Século XII, 1143.


Meriel deveria se sentir feliz. Afinal de contas, era uma sorte que sendo a caçula de cinco irmãos, seu pai ainda tivesse dinheiro suficiente para pagar o dote necessário para ela entrar para o convento. Era tudo que ele poderia fazer por ela e Meriel deveria se sentir grata. E estava. Em poucos dias, faria os votos que a prenderiam para sempre ali. Prender? Realmente deveria encarar seu destino como uma prisão? 

Embora lutasse contra aquela sensação, Meriel sentia que estava sufocando. Que ser freira não era o que seu coração desejava. Mas ela só teve certeza absoluta disso após vê-lo pela primeira vez...


Ela estava voltando do povoado, após ter cumprido suas tarefas, quando percebeu uma emboscada. Seu coração desejou avisar os homens que estavam caminhando para uma cilada que poderia lhes custar a vida, mas o vento e a distância jamais permitiriam que o aviso chegasse. E ela teve que assistir, impotente, a guerra mortal que não demorou a começar. Embora soubesse que era perigoso continuar ali, parada assistindo, não conseguiu desviar os olhos e nem correr enquanto podia. Ela só fugiu para o convento, quando o líder do grupo que tinha caído na armadilha, assumiu o controle da situação. Só aí, ela despertou e percebeu que precisava correr de volta para a segurança.

Mais uma vez o destino resolveu interferir e Meriel foi forçada a rever aquele homem naquele mesmo dia. E foi esse encontro, quando os dois estavam muito mais próximos do que ela poderia desejar, que a fez tomar sua decisão. Não tinha nascido para ser freira. Embora soubesse que o mundo era um local perigoso, pronto para tragar quem arriscasse viver nele, ela sabia que se sentiria muito menos perdida e sufocada vivendo nele do que dentro dos seguros muros do convento. 

E foi essa decisão que provocou, cinco anos depois, o reencontro inevitável. 

- Meriel adorava o ar livre. Passear sozinha com sua querida égua e seu falcão-peregrino, após cumprir suas obrigações. Já fazia cinco anos que ela tinha tomado a decisão de sair do convento e nunca se arrependeu. Vivia feliz no feudo de seu irmão, Alan, e não podia desejar mais nada da vida. Ou talvez, não soubesse que desejava.

Ela tinha saído para outro de seus passeios e dessa vez não permitiu que ninguém a acompanhasse para protegê-la. Não pretendia se afastar muito e nenhum perigo existia entre seu povo. 

Porém, durante o passeio, seu falcão-peregrino acabou entrando na floresta proibida. A floresta real, onde somente o rei Stephen e a imperatriz Matilda, ou nobres autorizados por eles, poderiam caçar. Caçar ilegalmente ali poderia significar ser seriamente punido. Meriel sentiu medo ao se aproximar daquele lugar, mas não podia deixar seu falcão ali. E por isso, ela acabou entrando. Selando para sempre o próprio destino. 


"Ao observar aquela garota magra e de cabelos negros embaraçados, Adrian sentiu algo sombrio e perigoso remexer lá no fundo de si. Ele a desejava com a mesma intensidade selvagem que sentia quando estava lutando por sua vida."


Foi naquela floresta que eles se reencontraram. Adrian não a reconheceu, mas sentiu algo profundo e violento. E soube, naquele instante, que não poderia deixá-la partir. Que não poderia deixá-la desaparecer sem fazer nada. Por isso, tomado por aquele sentimento perturbador e se aproveitando de uma acusação injusta de caça ilegal, ele ordena que seus homens a levem para o castelo e a prende na torre, deixando claro que ela só tinha duas opções. Ser sua prisioneira... ou sua amante.  


"— E sendo uma caçadora ilegal, moça, agora você pertence a mim, para fazer com você o que eu quiser."


- Desesperada, Meriel jura que jamais entregará seu corpo. Que se quisesse tê-la, Adrian teria que usar a força e subjugá-la. E a partir daí, uma guerra fria se inicia. Uma guerra que pode ser muito mais perigosa e trazer mais dor do que eles poderiam imaginar. 



"— Escreva minhas palavras, milorde. Pode me estuprar, pode me matar, pode destruir meu corpo de mil formas, mas não terei valor algum para você depois disso. — Baixou a voz e disse num sussurro: — E juro sobre o túmulo de minha mãe que não me fará ceder."


- Esse é um dos trechos mais marcantes para mim. Não por mostrar o quanto Meriel era corajosa, capaz de desafiar um homem que tinha a vida dela em suas mãos, mas por outros motivos. Não direi por que, pois estaria revelando um segredo da história. Mas posso dizer que esse trecho, esse desafio, trará muito sofrimento aos leitores do livro. Pelo menos, foi o que aconteceu comigo. Ainda me lembro do que senti pouco tempo depois da Meriel dizer isso. Durante várias páginas do livro, após esse trecho, eu me derramei lágrimas. Foi impossível manter o controle. Foi impossível ver meu casal querido sofrendo tanto e ficar indiferente. Não consegui. Chorei com eles. Sofri com eles. Me desesperei com eles. E cheguei a acreditar que nada mais poderia dar certo. Achei tudo muito chocante e inesperado. Nunca poderia imaginar que algo como aquilo pudesse acontecer. Mas eu sabia que o amor do Adrian era violento, obsessivo. Desde o início eu soube que se ele perdesse o controle, as consequências poderiam ser sérias demais. Eu sabia que um amor como aquele poderia destruir os dois. Sabia que ele poderia ir longe demais... Mas nada pôde me preparar para o momento. Eu sofri muito, mas não se compara ao sofrimento dos dois. Principalmente, ao sofrimento do meu querido Adrian. 


"Ela é como... uma doença no meu sangue."

- Não dá para explicar o que sinto pelo Adrian. Sempre que penso nele sinto meus olhos se encherem de lágrimas. Dizer que sinto afeto por ele, carinho, que o amo com todo o meu coração ainda seria pouco. É muito mais do que isso. Sempre soube que ele não era um mocinho qualquer. Logo no início, pouco tempo depois de conhecê-lo, eu soube que ele iria me atingir. Que iria me roubar o ar e o coração. E que eu choraria por ele. Que desejaria pegá-lo no colo e protegê-lo dele mesmo. Abraçá-lo e dizer que tudo iria passar e que ele não era o monstro que acreditava ser. Adrian mexeu demais com as minhas emoções. Nunca pude considerá-lo um mocinho cruel. Ele era teimoso, tinha machucado a Meriel, tinha roubado sua liberdade e a estava sufocando, mas em nenhum momento ele quis lhe fazer mal. Não. Tudo que ele fazia era por amar demais e não ter forças suficiente para deixá-la voar livremente. Ele não podia deixá-la voar para longe dele. Isso significaria sua destruição e era impensável. Então, ele cortou suas asas e a afastou de tudo que ela amava. A privou da companhia de qualquer pessoa. A impediu, inclusive, de se distrair enquanto estava trancada naquele quarto. Adrian acreditava que a solidão a faria se voltar para ele e isso mexeu muito com o meu coração. Ele não queria o mal dela, queridos. Tudo que ele queria era o seu amor. Se não tivesse contato com outras pessoas, ela aceitaria mais facilmente sua presença, sua aproximação e com o tempo, viria a amá-lo. Era nisso que Adrian acreditava. Então, ele a deixava trancada por dias e depois se aproximava para convidá-la para algum passeio. Eu não lembro de ter sentido raiva dele.rsrs... Ele  a estava machucando sem perceber, mas sua intenção não era essa. Sei. Não é desculpa.rsrs... Já mandei outros mocinhos para o inferno por menos, mas... Não pude fazer o mesmo com o Adrian. Não pude julgá-lo e nem condená-lo. Não tinha esse direito. Ninguém tinha (já deu para perceber que o Adrian tem a minha proteção? Que o defenderei de quem tentar crucificá-lo?rsrs...). Eu vi todo o amor que ele sentia por ela. Sua necessidade de ser amado por ela. E antes mesmo de eu perceber, ele já tinha conquistado meu coração. A partir daí, fiquei perdida. 


"— Jesus Cristo — disse arfante numa prece desesperada. — Meu bom Jesus, ajude-me.


As palavras não aliviaram sua loucura. Convulsivamente ele se virou, agarrou o baú ao pé da cama e arremessou-o contra a parede de pedra com toda a sua força, os músculos retesando-se ao limite, e soltou um urro angustiado e sem sentido. As tiras de metal se partiram e o baú se arrebentou num estrondo, caindo no chão, e as roupas coloridas voaram sobre o junco.

A destruição aliviou um pouco de seu tumulto interno, mas não o bastante, nem perto disso. Adrian olhou nos olhos azuis de Meriel, arregalados de choque e terror.

— Perdoe-me — sussurrou ele. — Perdoe-me, falcãozinho."


- Já conheci diversos mocinhos que fizeram mal as mocinhas que amavam. Mas foram poucos aqueles capazes de se arrepender e pedir perdão. E foram poucos os que me emocionaram tanto ao se arrependerem. Estou aqui em lágrimas novamente.kkkkk... Eu me lembro de tudo que o Adrian sofreu e ainda sinto uma dorzinha no coração por causa disso, mesmo depois de ter terminado a leitura. Mesmo depois de saber que tudo terminou bem no final. Mas não consigo evitar me sentir mal por ele ter sofrido, entende? Porque ele errou. Sim. Errou feio, mas não merecia pagar tão caro. Achei seu castigo injusto demais. Mocinhos que fizeram coisas piores, pagaram menos. E uns nem pagaram! E ele... que a amava com toda sua alma, que daria sua vida por aquela mulher, tinha pagado um preço muito alto por algo que merecia um castigo menor. Eu senti que a vida foi muito injusta com ele. E disso sim senti raiva. Muita raiva. Algo que só aumentou o desprezo que sinto por supostos mocinhos que tratam as mocinhas como se elas fossem lixo e depois são perdoados sem sequer pedirem perdão de forma decente. Dizer que eu fiquei furiosa com tudo que o Adrian sofreu, seria pouco. O Adrian foi um dos mocinhos pelos quais eu mais sofri. Um dos que mais me fizeram derramar lágrimas. 


"Liberte-a.

Um calafrio cortante acompanhava as palavras, atravessando seu corpo e abrigando-se em sua alma."


- Não sei dizer ao certo o que tem de tão especial no Adrian. Só sei que o amo demais e que ele é totalmente digno do amor de nós leitoras. Ele é... único, sabe? Lutava tanto contra si mesmo. Desejava tanto o amor de Meriel e ao mesmo tempo se considerava um monstro. Um ser humano que só tinha maldade dentro de si e precisava lutar contra essa "realidade". Ele acreditava nisso por causa da loucura que o tomava toda vez que ele estava numa batalha. Ele não conseguia enxergar que tinha um lado bom. E que esse lado, todo o amor que ele tinha dentro de si, era mais forte do que qualquer coisa. 

"— Eu vou me redimir, ma petite. Por tudo que lhe fiz."


- É raro eu ver um mocinho prometer não mais machucar a mocinha e realmente cumprir a promessa. É difícil conseguir sentir tanto amor num mocinho. Mas o Adrian, sempre cumpria suas promessas. E mais importante do que sua alma, sua vida e sua felicidade, era Meriel. Se para ela ser feliz, ele precisasse morrer, ele não pensaria duas vezes antes de se entregar ao inimigo e deixar o outro matá-lo. Meriel era o ar  que ele respirava. Sua amada. Sua razão de viver. Não pude resistir a tanto amor. E a Meriel, coitadinha, também não conseguiu resistir por muito tempo.rsrs... 


"Nos últimos meses, aprendera muito sobre medo e coragem, sobre paixão e raiva, sobre as sombrias e misteriosas profundezas da alma humana. Havia perdido a inocência em vários sentidos, e percebeu como estava protegida na vida que tinha anteriormente."



- O que eu posso dizer sobre a Meriel? Assim que a conheci, pensei que ela era um anjo. Uma mocinha incapaz de sobreviver na Idade Média e em qualquer outra época. Acreditava que nem no século atual ela conseguiria sobreviver. A julgava uma pessoa muito frágil, que precisava ser protegida, senão iria cair e se partir em vários pedaços. E em parte, eu estava certa. Meriel não tem a metade da força que Whitney (Whitney, Meu Amor), Sheila (A Carícia do Vento), Victoria (Agora e Sempre) ou Gelina (A Conquistadora) tiveram. Não sobreviveria ao que Isaura (O Quarto Arcano) sobreviveu, mas também é uma querida. Um anjinho que nós queremos proteger, sabe? E teve coragem suficiente para voltar atrás. Para parar de lutar contra algo que ela desejava. Que precisava com desespero. Senti raiva dela em certos momentos da leitura, é claro.rsrs... Ela magoou muito o meu Adrian. Fez ele comer o pão que o diabo amassou, mas também foi impossível não perdoá-la. Acabei adotando-a também.rsrs...


- Já falei demais, não é? Mas já estou acabando.rsrs... E não contei os segredos da história! Consegui ficar com a boca calada (só aqui, é claro. A Carlita e a Moniquita tiveram que aguentar meu desabafo, coitadas. Isso que dá serem minhas amigas.rsrs...), mas só porque não quero ser uma estraga-prazeres. A vontade que eu tenho é de contar a história inteira. Falar dela até me cansar (algo que não aconteceria nem tão cedo!). Dizer tudo que acontece e tudo que cada cena me fez sentir. Mas vocês merecem conhecer a história sozinhos. Só peço que não demorem muito!kkkk... Quer um conselho? Largue o que estiver lendo (se a leitura não estiver sendo muito agradável) e corra atrás de "Divino Tormento". Você não irá se arrepender, pode ter certeza. 


- O pano de fundo dessa história é a guerra entre o rei Stephen e a imperatriz Matilda. O rei Henrique I antes de morrer fez seu povo jurar aceitar Matilda como herdeira do trono. Apesar de ter outros filhos, Matilda era a única legítima e Henrique queria que ela o sucedesse. Mas a traição de Stephen fez com que Matilda perdesse o trono e ele assumisse seu lugar. Na verdade, ele roubou o trono dela, fazendo assim com que a Inglaterra fosse dividida e uma guerra de anos se iniciasse. E  é no meio dessa guerra, que se passa a história de Adrian e Meriel. Adrian era aliado da imperatriz Matilda e Meriel, apoiava o rei Stephen.  


- Como disse no início da resenha, foi graças a resenha de uma blogueira querida que eu decidi ler esse livro. Foi a resenha da Tonks do blog Romances in Pink. Para conferir a resenha dela, basta clicar AQUI.


- Dei cinco estrelas ao livro no Skoob porque não podia dar mais. Mas o livro é digno de mais do que isso. Nem mil estrelas ainda seria suficiente para mim. É um dos livros mais especiais que eu já li. E eu recomendo sem pensar duas vezes! 


Bem... É isso. Durante a leitura do livro, quando já estava chegando ao final, pensei numa música e acabei considerando-a perfeita para a história.rsrs... É a música "Si Yo Fuera Tu" de Servando y Florentino. Recomendaria que, quem gosta de ouvir músicas enquanto lê, ouvissem essa música durante a leitura do livro. :)


"— Eu a amo desde o momento em que a vi, Meriel, não apenas porque aos meus olhos você é linda, mas porque preenchia alguma necessidade profunda e dolorida da minha alma. Acho que foi porque você era tão inteiramente você mesma. E tão livre. Tão livre quanto seu próprio falcão. — Adrian se interrompeu olhando para o outro lado, as linhas do corpo rígidas. — O abade William diz que frequentemente matamos o que mais amamos, e ele tem razão. Sendo homem e sendo um tolo, tentei enjaulá-la, prendê-la a mim, destruir o que mais amava em você."


— “Eu dormia, mas meu coração estava desperto” — disse ele baixinho, também citando o Cântico dos Cânticos. — “É a voz do meu amado que me chama, dizendo: Abra-se para mim, minha querida, minha pomba, minha companheira.”


"— O que há em meu coração é amor. — Meriel pegou a mão dele e beijou-o na ponta dos dedos. — “Eu sou do meu amado, e meu amado é meu.”


"— “Beija-me com os beijos da tua boca, que teu amor é melhor que o vinho.”


Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

6 comentários:

  1. Oii!!

    Gosto de romances assim, faz tempo que não leio um =s ótima resenha!

    Bjos

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  2. Olá!

    Eu tenho medo de livros assim, cujos trechos "bombásticos" vc não revela e reforça meu pânico dizendo que são realmente "pesados".
    Se não fosse tão medrosa iniciaria a leitura agora mesmo porque a resenha é maravilhosa!

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  3. Obrigada, Gardênia! :)


    rsrsrs... Eu acredito que vale a pena ler a história independente dos momentos mais impactantes. Foram terríveis para mim, pois eu sofri pelo casal e fiquei chocada por não esperar o que aconteceu. Mas a história é linda e tem final feliz. :)

    Bjs!

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  4. Vou começar ler ela agora quando acabar dou minha opnião!!!!!!!

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  5. Oi,
    Li esse livro devido sua resenha e que bom que eu li, amei esse livro e seus personagens principalmente o mocinho que sofre tanto por amar Meriel, uma personagem que eu também amei muito foi a cecilly queria que tivesse um livro pra ela, ela sofreu tanto merece alguém que a ame, até shippei ela com o irmão de meriel ou com o irmão de Adrian kkkkkkkk, realmente amei esse linda história.

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  6. Olá, Marileide!

    Fico tão feliz!!! :D Essa é uma das minhas histórias preferidas da vida e senti até vontade de reler agora. Faz tanto tempo que li, mas ainda guardo dentro de mim todas as sensações, as lágrimas que derramei pelos personagens, o quanto sofri com os dois e torci para que tudo ficasse bem, para que o amor fosse mais forte. É uma história maravilhosa!

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