13 de dezembro de 2012

Confie em Mim - Harlan Coben

Tempo de leitura:

(Título Original: Hold Tight
Tradutor: Marcelo Mendes
Editora: Arqueiro
Ano de lançamento original: 2008
Ano de lançamento Editora Arqueiro: 2009)


Até onde você iria por amor à sua família?


Preocupados com o comportamento cada vez mais distante de seu filho Adam - principalmente depois do suicídio de seu melhor amigo, Spencer Hill -, o Dr. Mike Baye e sua esposa, Tia, decidem instalar um programa de monitoração no computador do garoto.

Os primeiros relatórios não revelam nada importante. Porém, quando eles já começavam a se sentir mais tranquilos, uma estranha mensagem muda completamente o rumo dos acontecimentos: "Fica de bico calado que a gente se safa."

Perto dali, a mãe de Spencer, Betsy, encontra uma foto que levanta suspeitas sobre as circunstâncias da morte de seu filho. Ao contrário do que todos pensavam, ele não estava sozinho naquela noite fatídica. Teria sido mesmo suicídio?

Para tornar o caso ainda mais estranho, Adam combina ir a um jogo com o pai, mas desaparece misteriosamente. Acreditando que o garoto está correndo grande perigo, Mike não medirá esforços para encontrá-lo.

Quando duas mulheres são assassinadas, uma série de acontecimentos faz com que a vida de todas essas pessoas se cruzem de forma trágica, violenta e inesperada.



Palavras de uma leitora...



"Há uma certa dose de fatalismo, de acaso, na vida." 


Sim. Eu devo ser mesmo masoquista. Só uma pessoa que gosta de sofrer seria louca o suficiente para terminar de ler um livro forte e logo em seguida começar a ler outro. Sabendo que o livro seria terrível. Pura loucura, não acham? Mas a verdade é que eu não queria sofrer. Só que depois de ler "Não Conte a Ninguém" precisei ler outro livro do autor. Eu necessitava de mais do autor. Não de sofrimento. Somente... necessitava conhecer outra história do Harlan Coben, entende? Eu precisava, gente. Esse autor simplesmente ganhou meu coração. Mas isso não me deixou muito feliz não, confesso.rsrs... Na verdade, eu começo a me arrepender de ter conhecido esse autor. 


"Rejeições, frustrações, exclusões, lágrimas
Dores, marcas de ilusões,
São como pedras dentro da alma

Uma mãe que sente a dor de um filho que morreu e ninguém estava lá
Deus, como isso aconteceu?"


"Mas eu sou teu Deus e Eu estava lá
No meio do teu vale, Eu estava lá
Colhendo as tuas lágrimas, estava lá
Em noites escuras, Eu estava lá
Já senti a dor do que é perder um filho
Já senti a dor do que é ser traído
Já senti a dor do que é sofrer sozinho
Fiz tudo por você
Faria de novo por você"
[Eu Estava Lá - Emerson Pinheiro]



- Depois de ler esta história, lembrei desta música e fiquei me perguntando: Até que ponto é confortador? Isso é mesmo capaz de diminuir a dor? Muda alguma coisa? Ou gera mais revolta? Do que estou falando? "Mas eu sou teu Deus e Eu estava lá". É deste trecho que estou falando. Até que ponto é confortador saber que Deus estava com uma pessoa que você amava enquanto essa pessoa sofria? Enquanto essa pessoa era maltratada e assassinada? Enquanto essa pessoa era devorada por um câncer ou destruída de outro modo qualquer? Realmente te confortaria saber disso? Eu sinceramente, não sei. Quando penso na morte da minha avó (que foi lentamente devorada por um câncer) tento me consolar dizendo que Deus estava lá. Que Deus sentiu tudo com ela. Mas na verdade, não é lá muito confortador, sabe? Porque logo vem a pergunta: "Se estava lá, por que não fez nada? Por que não a curou?" Não estou julgando Deus, caso seja isso que estejam pensando. Só não dá para entender, sabe? E aí eu pergunto para Ele: Por quê? Eu só gostaria de uma explicação. Por que ela e não um assassino? Por que uma pessoa que nunca tinha feito mal para ninguém? 


Eu jamais, se conhecesse essa pessoa pessoalmente, teria a coragem de virar para a mãe da Isabella Nardoni e dizer: "Deus estava lá e sentiu tudo com ela. Sua filha não esteve sozinha enquanto era lançada daquele prédio e assassinada por alguém que deveria protegê-la. Deus não a abandonou." Não teria a coragem de dizer, pois a pergunta que nunca deixo de me fazer é: "Se Ele estava lá, por que não impediu aquilo? Era só uma criança e ninguém a protegeu! Ela sentiu medo, provavelmente desejou que a mãe dela estivesse lá para salvá-la e ninguém a salvou. Não me conforta muito saber que Deus estava lá, pois da mesma forma ela sofreu e morreu." Mas se pensarmos muito nisso, enlouquecemos, verdade? Só que esta história faz pensar. E muito. E no fundo, nós sabemos que essas coisas não acontecem por culpa de Deus. É nossa própria culpa. É culpa do ser humano. E toda ação tem uma reação, como dizem, não é? Tudo que fazemos provoca consequências. É isso que veremos em "Confie em Mim". Consequências. Terríveis consequências. 



"A casa estava morta.

Era assim que Betsy Hill passara a descrevê-la. Morta. Não apenas silenciosa ou quieta. A casa havia falecido, batido as botas: seu coração tinha parado de bater, o sangue não fluía mais, as vísceras começavam a apodrecer.

Estava morta.

Assim como seu filho Spencer."


- Onde tinha falhado? Por que não percebera os sinais? Eram perguntas que Betsy, mãe de Spencer, se fazia, enquanto era devorada pelo sofrimento. Achava que estava fazendo tudo certo. Que as mudanças de humor do seu filho eram apenas uma fase. Ele tinha 16 anos e os adolescentes são assim mesmo. Mudam de humor facilmente. Ela achou que era normal. Mas não era. E a prova veio quando seu menino foi encontrado no telhado do colégio no qual estudava. Morto. Havia se suicidado. 

"Os 'especialistas' dizem que o suicídio de adolescentes não é culpa dos pais. É uma doença, como câncer ou algo assim. No entanto, até mesmo eles, os especialistas, olhavam para ela com uma expressão de desconfiança. Por que Spencer não se consultava regularmente com um terapeuta? Por que ela, a mãe, tinha ignorado as súbitas mudanças de humor do filho, encarando-as como um comportamento típico da adolescência?"

- Como se não bastasse ter que suportar a dor pela morte do filho, a morte do menino que ela tinha carregado em seu útero, que tinha amamentado e protegido, que era um pedaço seu e jamais deveria ter partido antes dela... Betsy ainda tinha que conviver com a culpa. Pois os sinais estavam lá. Sempre estiveram. Ela poderia ter percebido. Poderia ter evitado... Poderia mesmo?


Antes de morrer, Spencer mandou uma mensagem para as pessoas mais próximas.


"Sinto muito. Amo todos vocês, mas é difícil demais. Adeus."

"A polícia levou dois dias para encontrá-lo no telhado da escola.
O que era difícil demais, Spencer?
Ela jamais saberia."



- Era um pedido de socorro. No fundo, ele estava implorando para que alguém o salvasse, mas seu pai estava viajando e sua mãe só viu a mensagem muito tempo depois. E aí já era tarde demais. Um adolescente. Um jovem com toda uma vida pela frente. O que o levou a tirar a própria vida? E... será mesmo que ele tinha tirado a própria vida? Após encontrar uma foto misteriosa, Betsy já não tem tanta certeza. E vai em busca da verdade. Só que a verdade... pode custar caro demais.


"Há ocasiões em que a gente salta do penhasco. Como naquele desenho animado do Papa-léguas: o Coiote sai em disparada e continua correndo mesmo depois de ultrapassar a borda do penhasco; de repente pára no ar, olha para baixo e sabe que vai despencar, que não há nada que possa fazer a respeito.

Mas, às vezes, talvez na maioria delas, a situação não é tão clara assim. Estamos no escuro, caminhando lentamente à beira do abismo, sem saber ao certo para onde estamos indo. Os passos são hesitantes, por causa da escuridão da noite. Não nos damos conta de como estamos próximos da borda, de que o solo pode sumir a qualquer momento, de que um mero escorregão pode nos lançar encosta abaixo."


- Até onde você iria para proteger um filho seu? Existiria um limite? Mike e Tia sempre fizeram tudo para que nada faltasse aos seus filhos. Mike todo dia viajava até o hospital no qual trabalhava como cirurgião de transplantes e Tia permanecia em casa, cuidando do lar e dos filhos. Tinha estudado. Tinha cursado Direito na faculdade, mas abandonara tudo para dedicar-se aos filhos. Somente poucos meses antes tinha voltado a trabalhar. Porque achava que seus filhos já estavam grandes o suficiente para não necessitarem dela vinte e quatro horas por dia. Adam estava com 16 anos e Jill com 11. Era hora de voltar a dedicar-se um pouco a si mesma. Ou não?

As coisas começaram de repente. As notas de Adam começaram a cair, seu filho passou a se vestir de preto e já não se interessava mais pelas coisas que até pouco tempo antes, amava. Ela percebia. Ela sentia que estava perdendo o filho. Sentia que alguma coisa estava seriamente errada. E então Spencer, melhor amigo de seu filho, se suicida. E o comportamento de Adam fica muito pior. Ela queria acreditar que era só uma fase, que era o sofrimento pela morte do amigo, mas no fundo ela sabia que ia muito além disso. E ela não ficaria de braços cruzados vendo o filho destruir a própria vida. Não. Não ficaria mesmo.


Tia convence o marido de que eles precisam agir. Ela então, pedindo a ajuda de um especialista em informática que trabalhava na mesma empresa que ela, instala um programa que passa a monitorar o computador do seu filho. Todos os sites que ele visitava? Seriam enviados para ela. Todos os emails enviados e recebidos? Ela poderia ler, sem que ele soubesse. Um relatório diário seria enviado para a conta dela e ela poderia acompanhar os passos do seu filho. Era invasão de privacidade? Sim. Mas ela preferia perder a confiança do filho, ser considerada uma mãe controladora, super protetora... do que ver o filho dentro de um caixão. Do que enterrá-lo como Betsy tinha enterrado Spencer. 

De início, as únicas coisas com as quais Tia tinha que se preocupar eram os sites pornográficos que o filho visitava. Mas não demorou a chegar. A mensagem que roubaria de vez a sua paz. "Fica de bico calado q a gente se safa." 

"Seguiu-se um momento de silêncio. Mike releu a transcrição. Nada havia mudado. 

- Mike? - disse Tia afinal.

- Hmm.

- Sobre o que Adam tem que ficar de bico calado para se safar?"


- Dispostos a impedir que o filho faça uma besteira, os pais decidem vigiá-lo ainda mais de perto e na noite em que ele tinha marcado para ir numa festa que prometia ser bem pesada, Mike decide que ele vai com ele e o tio num jogo que, tempos atrás, ele amaria assistir. Adam se recusa a ir, mas Mike não lhe deixa escolha. Ele ia e ponto final. Só que Adam desaparece misteriosamente justamente no dia do jogo. E ninguém consegue encontrá-lo. 


"Ele se lembrou daqueles filmes de viagem no tempo, em que o protagonista volta ao passado, muda uma única coisa e todo o resto muda em seguida, numa espécie de efeito dominó. Quem sabe, se Guy pudesse voltar no tempo e evitar que Yasmin fosse à aula naquele dia, talvez hoje ela não fosse mais feliz? Ou quem sabe realmente não é melhor ela enfrentar tudo isso e aprender como as pessoas podem ser cruéis?

Quem pode dizer?"

- Yasmin era a melhor amiga de Jill, a filha de onze anos de Tia e Mike. E também era vizinha da menina. As duas eram como carne e unha e muito felizes. Até que tudo mudou. Por causa de um professor.

Yasmin estava fazendo bagunça na sala de aula. Como toda criança (ou quase toda) faz. Só que o professor não estava com paciência nesse dia e, usando de suas estúpidas piadas, chamou a atenção da turma para a garota, zombando dela cruelmente. E as crianças não esqueceram. Daquele dia em diante a vida da menina virou um inferno. Seu pai, que a criava sozinho desde que ela era bem pequena (pois a mãe não se sentia preparada para ser mãe), não sabia o que fazer para ajudar sua filha. E ele não fazia ideia de como as coisas poderiam ficar piores...


Uma família destruída pelo suicídio de um filho, outra família desesperada sem saber notícias do filho desaparecido, uma criança humilhada cruelmente pelo professor e os colegas de classe... Qual ligação haverá entre essas três famílias? Além de todas seres vizinhas? 

Susan Loriman. Ela estava desesperada. Seu filho estava morrendo. Possuía uma doença gravíssima e precisava urgentemente de um transplante de rim. Mas ela não era compatível. Ninguém de sua família era... 


Reba Cordova. Uma mãe exemplar. Possuía um sorriso capaz de encantar qualquer pessoa. De despertar o instinto protetor de qualquer um que a conhecesse. Tinha um rosto de boneca e era a pessoa mais bondosa que todos conheciam. Vivia pelas filhas. Vinte e quatro horas por dia. Nunca se cansava de ser mãe e naquele dia, estava fazendo exatamente isso. Sendo mãe.

Tinha entrado naquele shopping para comprar presentes para suas crianças, enquanto uma das filhas estava na natação ali perto. Eram só uns instantes. Dali, iria diretamente buscar a filha. Mas ela nunca chegou. Não chegou a ir buscar a filha na natação. Sua bondade tinha selado o seu destino.

"Diante de uma dezena de microfones da imprensa e de diversas câmeras de TV, Paul Copeland disse:

- Precisamos da colaboração de todos para encontrar uma mulher chamada Reba Cordova, desaparecida há alguns dias.

Muse assistia à cena ao lado do palanque. Os monitores mostravam uma fotografia em que Reba exibia uma doçura quase comovente. O sorriso era daqueles que nos fazem sorrir junto ou, em situações como esta, partem nosso coração em duas tristes metades."

Há ainda o assassinato de uma mulher misteriosa. Seu corpo havia sido deixado no lixo. Seu rosto estava desfigurado. Impossível de reconhecer. Qual a ligação entre todas essas pessoas? Vocês saberão. Ao longo da história, revelações chocantes serão feitas. Você não conseguirá ficar indiferente. Todas essas vidas se ligarão de tal forma que você ficará de boca aberta ao descobrir a conexão. E sofrerá. Sofrerá por todos eles. 

- Não sei bem o que dizer. Se "Não Conte a Ninguém" mexeu profundamente comigo, esse livro me "destruiu". Não sei que outra palavra poderia usar. E além de não ter palavras para expressar o modo como esse livro me atingiu, ainda não posso revelar certas coisas. Coisas que vocês só devem saber ao ler a história. Complicado, não?


"- No fundo, Mike, não passamos de tutores dos nossos filhos. Cuidamos deles durante um tempo e depois eles se vão. Só quero uma coisa: que Adam permaneça vivo e saudável até o fim da nossa tutela. Depois é com ele."


- Adolescência. A melhor fase que existe, verdade? E também a pior. É a fase na qual a pessoa está mais confusa. É quando ela está se descobrindo. É quando ela quer arriscar, conhecer "coisas novas", experimentar coisas novas... E não quer os pais por perto. Acha que sabe tudo, que os pais a odeiam e só querem estragar sua vida. Prefere a companhia dos "amigos" e já não divide nada com os pais, pois eles não a entenderiam. Pelo contrário, iriam condená-la e controlar ainda mais a sua vida. Ela "odeia" os pais e quer distância deles. Passa horas na rua, chega depois do horário permitido, experimenta "coisas novas" e quando não está na rua com os amigos não sai da frente do computador. É uma fase. Toda essa complexidade é normal. Vai passar. Mas... até que ponto é normal? Qual é o momento de interferir? Quanta liberdade os pais devem dar aos seus filhos? Até que ponto eles devem confiar e achar o comportamento deles "coisa de adolescentes"? Quando as coisas se tornam... perigosas? E até que ponto a tecnologia é benéfica? Não creio que há uma resposta 100% satisfatória para estas perguntas. E é justamente isso que você perceberá ao terminar a leitura deste livro. Ele não é somente um suspense de roubar o fôlego, deixar você de boca aberta e com o coração acelerado. É também um livro que te faz refletir, sentir medo e desejar proteger ainda mais quem você ama. Eu digo que os seres humanos não podem mais me surpreender. Mas sempre acontece, sabe? Cada vez que leio um livro deste tipo me surpreendo mais e mais fico chocada. Os seres humanos não prestam. É uma triste verdade.

Armas. Até que ponto servem para segurança? Até pouco tempo atrás (e talvez ainda nos dias de hoje) era comum um pai de família ter uma arma em casa. Para proteção. Para proteger sua família. Mas é mesmo recomendável ter armas em casa quando crianças e/ou adolescentes moram nesta mesma casa? É realmente seguro? 


" - Mas se eu tiver que escolher entre proteger meu filho e respeitar a intimidade dele... Vou protegê-lo."


- É difícil falar desta história sem revelar os segredos. Até agora não revelei nada que comprometa a leitura. Nada que não devesse contar. 

Esta história mexeu profundamente comigo. Até mais do que o livro "Não Conte a Ninguém". Todas aquelas vidas afetadas e marcadas para sempre. Toda aquela dor, aquela injustiça... Como não se emocionar ao ver o sofrimento de uma mãe que perdeu um filho? Que sequer sabe se seu filho realmente se suicidou ou foi assassinado? Com a morte de seu filho, parte dela também morreu e seu casamento estava seguindo o mesmo caminho. Era necessário recomeçar. Era preciso seguir em frente. Mas como ela, a mãe daquele jovem morto, disse... Existe algo mais obsceno do que uma mãe esquecer o filho morto? Ela não podia fazer de conta que uma tragédia não tinha destruído a sua vida. Que seu filho nunca tinha existido. Não era possível mentir para si própria. E nem sequer era decente. Seu filho tinha existido. Ela o amou, ela cuidou dele, ela acompanhou cada fase do seu crescimento... não era justo fingir que ele nunca existiu só porque ele não estava mais vivo. 

"Tudo era tão frágil, esse era o problema. Nenhuma novidade, claro, mas de modo geral o que fazemos é bloquear a verdade: nos recusamos a admitir que nossas vidas podem ser destruídas tão facilmente, de outro modo, entraríamos em parafuso. Todas aquelas pessoas que vivem com medo e precisam de remédios... Elas são assim porque têm consciência das coisas, da linha tênue que nos separa do desastre... Não é que não aceitem a verdade: simplesmente não conseguem bloqueá-la. 

Tia podia ser como elas. Sabia disso e fazia o possível para se controlar. De repente se pegou invejando Hester Crimstein, sua chefe, por ser sozinha no mundo. Talvez fosse melhor assim. Claro, num plano mais amplo, era saudável ter ao nosso redor pessoas a quem pudéssemos amar mais do que a nós mesmos. Ela sabia disso. Por outro lado, havia o medo, ou o pavor, de perder essas pessoas. Dizem que somos possuídos pelo que possuímos. Não é bem assim. Somos possuídos por aqueles que amamos. Somos reféns eternos dese amor."


- E como não ser tocada pelo desespero de Mike e Tia? Que não tinham notícias do filho? Que não sabiam se ele estava bem, se estava vivo ou morto? Era angustiante ver o desespero deles. Eu não sabia o que iria acontecer e isso me deixava muito tensa. Eu me perguntava se Adam teria o mesmo fim de Spencer... E era terrível imaginar o que poderia ter acontecido com ele. 


Qual a ligação entre a mulher misteriosa assassinada, a dona de casa desaparecida e as famílias que são afetadas por várias tragédias nesta história? Leia para descobrir! :D Há uma ligação... isso a contracapa já nos diz. Eu fui pega de surpresa quando tudo foi sendo revelado. A palavra que eu não deixava de pronunciar a cada choque era: "Deus!" Eu fiquei literalmente de boca aberta. Tudo por... não posso dizer!rsrs...


Recomendo a história? Dei cinco estrelas ao livro no skoob, mas não sei se recomendaria o livro. É um dos melhores livros que li este ano. A história inteira me prendeu. Quanto mais eu lia mais desejava ler. Porém... Como posso recomendar esta história? Não recomendaria para menores de idade. E nem para pessoas que tenham filhos. Só seria bom para essas pessoas lerem esse livro por causa das lições que ele nos ensina, de como nos faz refletir. Mas... o preço seria alto se a pessoa fosse sensível demais. Se eu que não tenho filhos fiquei em pânico e pensando em muitas coisas que me angustiaram... Imagina quem tem filhos?!!! Não recomendo. Se a pessoa ler é por sua conta e risco. Não é indicação minha!rsrs...


"Não somos nada. O homem. Nada. Mas ainda assim nos consideramos especiais. Achamos que temos alguma importância, que somos os prediletos de Deus. Uma piada."


"A maioria das pessoas pensaria justamente o contrário, que as vítimas da violência teriam aversão a qualquer espécie de agressão. Mas a verdade é que o mundo não funciona assim. Violência gera violência e não só pela via mais óbvia, a da retaliação. Uma criança violentada tem grandes chances de um dia vir a violentar crianças também. O filho que vê o pai espancando a mãe tem grandes chances de um dia vir a espancar a própria mulher.

Por quê?

Por que nós, humanos, nunca aprendemos as lições que deveríamos aprender? O que haverá na nossa índole que, na verdade, nos empurra para aquilo que deveríamos repelir?"



"Harlan Coben é mestre em prender a atenção do leitor e criar histórias surpreendentes. Ele vai seduzir você na primeira página apenas para chocá-lo na última."
Dan Brown, autor de O Código Da Vinci

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

Um comentário:

  1. Oi, Luna!

    Sempre me emociono lendo as suas resenhas. Entendi o que você disse sobre a sua avó e sobre Deus. Realmente, eu nunca passei por nada parecido, mas acho que posso imaginar o sentimento, pelo menos todas as vezes em que uma notícias devastadora passa na televisão, como o assassinato mais recente daquelas crianças na escola... Uma escola, crianças... E onde estava Deus? Mas é como você disse: se ficarmos pensando muito nisso, enlouquecemos.
    Quanto ao livro, eu ainda não li nada do Harlan Coben. E não daria nada a esse livro pela capa. Mas sua resenha me instigou muito a lê-lo. Acho que iria gostar, iria me emocionar demais, com certeza. Esse livrinho entra para a lista de desejados, com certeza.

    Um beijo,
    Inara
    http://www.lerdormircomer.com.br/

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