19 de outubro de 2013

Momento de Amar - Lynne Graham

Tempo de leitura:

(Título Original: A Ring To Secure His Heir
Tradutora: Angela Monteverde
Editora: Harlequin
Edição de: 2013)

Um imprevisto no plano.

Trabalhar até tarde não é novidade para o magnata Alex. Além disso, essa se tornou a desculpa perfeita para se aproximar da faxineira do escritório, Rosie Gray. Afinal, ele havia prometido a seu padrinho doente que descobriria se sua neta perdida era uma herdeira digna. Rosie fica inebriada com atenção que recebe do executivo misterioso e encantador, e passa uma noite com ele. Entretanto, engravida... Ao tentar encontrá-lo novamente, ninguém na empresa conhece "Alex Kolovos". Existe apenas um Alexius Stravroulakis, o presidente, e ele tem uma proposta magnífica para ela!


Palavras de uma leitora...


"- E se ficar tonta nos degraus de uma escada? Possivelmente cairá. Devo aceitar tal ameaça? Que tipo de homem aceitaria isso nessas condições? - ele exclamou.

- O mesmo homem que fez sexo comigo e foi embora no meio da noite sem uma explicação - retrucou Rosie. - Não finja que é sensível e protetor, porque não é." 


- Quem olhasse para Alex de fora, sem conhecê-lo, diria que ele era um homem sortudo. Que tinha tudo na vida. Que teve tudo desde o princípio, não necessitando trabalhar para ter o que desejasse. Imaginaria sua infância privilegiada e sentiria inveja. Mas ele... Ele sabia o que realmente tivera. Ou melhor, não tivera. Mesmo assim... não admitia nem para si mesmo o quanto aquilo lhe magoara e ainda era capaz de afetar. 

Filho de pais jovens e despreocupados, Alex sempre teve tudo o que o dinheiro podia comprar. Os melhores brinquedos, as melhores roupas, os melhores colégios. Mas seus pais não possuíam tempo sequer para lhe dar um abraço ou dizer o quanto ele era importante para eles. Não. Preocupados com as próprias vidas, chegaram ao ponto de excluir o filho definitivamente do convívio com eles, mandando-o para um colégio interno, bem longe de suas vistas, e não tendo sequer a consideração de visitá-lo uma vez por ano. Até mesmo quando a criança era enviada para casa nas férias, nunca podia estar com os pais. Eles eram ocupados demais para isso. E na verdade, não o amavam. 

Mas o garotinho não admitia sequer para si mesmo que sofria com aquilo. Que desejava ser amado. Que desejava receber uma visita, como as outras crianças recebiam. Que desejava sentir o abraço de alguém querido. Sentir que era importante para alguém. E foi somente no padrinho que ele encontrou um pouco do que buscava. Socrates Seferis foi a pessoa mais próxima de uma família que Alex teve. E a ele devia os valores que aprendera ao longo da sua vida. E estava disposto a pagar agora, nem que fosse um pouco, do que recebera. Trazendo para aquele pobre homem a neta que ele nunca conhecera. 

Rosie Gray nunca soube o que era ter uma família de verdade. Ainda bem pequena, aprendera a não contar com o apoio ou a segurança da mãe. E muito menos com o seu amor. Sua mãe nunca se importara realmente com ela e não hesitava ao deixá-la sozinha sem ter o que comer ou vestir. Simplesmente a deixava trancada dentro de casa e ia curtir a juventude com o homem da vez. Até que finalmente lhe arrancaram a guarda de Rosie. Antes que o pior acontecesse. A partir daí, Rosie começou a passar de lar em lar, vendo o que era ter uma família, o que era ser querido por alguém, mas nunca podendo fazer parte daquela realidade. Somente aos doze anos teve para si um pouco do amor de uma mãe. Somente para perdê-la oito anos mais tarde. Mas, sonhadora, ainda acreditava que um dia teria uma família de verdade. E que jamais permitiria que um filho seu sentisse a solidão e a rejeição que ela sentira. 

Aos 23 anos, Rosie trabalhava como faxineira em seu tempo vago, para ter um teto e o que comer enquanto terminava os seus estudos. Não pretendia ser faxineira para sempre, mas não reclamava do trabalho que lhe permitia ter tempo para estudar e alcançar o seu real objetivo na vida. Só não podia imaginar que aquele emprego lhe faria conhecer um homem que lhe mostraria o paraíso para depois partir o seu coração em mil pedaços. Um homem que conseguira desestruturar todo o seu mundo e ameaçar o seu futuro. Um homem que ela jurava que não desejava novamente em sua vida. Mas que não suportava sequer imaginá-lo ao lado de uma outra mulher... Um homem que ela amava e odiava numa mesma medida. Que ela odiava amar. 

"Analisou Rosie enquanto ela conversava animadamente com o obstetra que ele conhecera quando estudante na faculdade. Estava corada, e o entusiasmo aquecia sua voz e seus olhos. Ela queria aquela manchinha de verdade, Alexius percebeu com espanto."

- O padrinho de Alex estava doente. E, quase ao final de sua vida, tinha que admitir para si mesmo uma triste realidade: não existia um só membro em sua família que valesse um só centavo. Todos estavam interessados apenas em seu dinheiro. Para eles, Socrates nada significava. E provavelmente ansiavam com desespero pelo momento no qual ele fecharia de vez os olhos. Sendo assim, Socrates resolvera procurar pela neta de quem ele tinha conhecimento desde sempre, mas que nunca tivera coragem para procurar. No fundo, temia que ela significasse mais uma decepção. E ele definitivamente já tivera a cota necessária de decepções em sua vida. Mas... e se nunca arriscasse? Se morresse sem sequer conhecê-la? Talvez, só talvez, ela conseguisse iluminar o tanto que lhe restava de vida. Foi pensando nisso que Socrates resolvera fazer um pedido para Alex, o afilhado que para ele representava um filho: que ele conhecesse Rosie para analisar o caráter dela e levá-la até ao avô, caso ela fosse uma pessoa decente.

- Alex era ocupado demais para esse tipo de coisa, mas jamais conseguiria recusar um pedido que era tão importante para alguém que lhe dera tanto na vida. Mas o que mais o perturbava nesse pedido não era o tempo que o faria perder. Era a responsabilidade que estava sendo jogada em seus ombros. Não se achava no direito de julgar o caráter de Rosie, sobretudo por não conhecê-la. E sabia que para saber se ela era uma boa pessoa, teria que enganá-la. Fingir ser alguém que não era. E isso o incomodava demais. Pois um dia, pelo laço que ele possuía com o avô dela, ela saberia a verdade e jamais o perdoaria. Tal perspectiva lhe provocara um gosto amargo na boca muito antes dele conhecê-la. Mas quando ele finalmente a conhece... sua mentira se torna um peso insuportável. 

" - Você não quer nosso bebê - acusou.
- Quero você - replicou ele. - E começo a pensar no bebê como um ser unido a você. Não é o suficiente para começar?"

- Eu comecei a leitura dessa história no momento errado da minha vida.rsrs... No começo da história, não consegui me envolver pelos personagens. Estava muito concentrada no que estava me roubando a paz e isso impedia que eu me ligasse à história. Cheguei a pensar em interromper a leitura, pois sabia que o livro só não estava me envolvendo porque eu não estava permitindo isso. Mas, no dia seguinte, um pouco mais tranquila depois de deixar minha mente exausta de tanto pensar em problemas sem solução (na verdade a solução é bem óbvia: pare de se importar, Luna. Mande as pessoas que insistem em te atormentar irem dar uma volta no quinto dos infernos! Finja que elas sequer existem! Fácil falar. Difícil fazer. Mas me fiz uma promessa que estou disposta a cumprir. Por mais que me doa. Doerá muito mais continuar me importando, não acham? Enfim...), eu resolvi me desligar de tudo e me ligar somente ao livro. E deu certo. Eu limpei totalmente a minha mente pelo tempo em que fiquei lendo o livro e assim consegui finalmente ser envolvida pela história e pude compreender os personagens e amá-los como eles eram. Não que tenha sido muito fácil compreender a Dona Rosie (uso a palavra "dona" quando quero dar uma bronca em alguém. A Rosie merecia, no mínimo, uns puxões de orelhas.rsrs...), mas eu tentei. E até consegui não esganá-la. :D 

- Durante a leitura dessa história, confesso que nem me irritei tanto como costumo me irritar com as histórias da minha autora. Esse mocinho sequer me fez passar raiva (a mocinha fez. Ele, não. Tive pena dele.kkkkkkk...), pelo contrário. Eu o achei um fofo, mesmo quando ele dizia tolices em vez de dizer de uma vez o que realmente sentia. Mas eu sabia por que não era fácil para ele demonstrar o que sentia. Ele sequer sabia o que realmente sentia dentro dele. Para uma pessoa saber o que é o amor, ela necessita ter contato com esse sentimento. E ele não teve. Ele não sabia o que era amor por não ter sido amado. Para ele, o que ele sentia não era amor. Não conseguia reconhecer tal sentimento. Achava até mesmo que tal coisa não existia. Que era somente uma palavra. Tanto que quando ele finalmente diz para para a mocinha que a ama (colocando tal declaração como uma pergunta, pois ele não sabe nomear o que sente) eu sinto imensa vontade de pegá-lo no colo e dar um pouco do amor que a mãe dele deveria ter lhe dado. Por isso eu achei essa mocinha bem injusta em diversos momentos. Ele estava lhe oferecendo o que ele nunca tinha oferecido para pessoa nenhuma e mesmo assim ela insistia em rejeitá-lo, pois o achava insensível, cruel e egoísta. Me pergunto como ela o conhecia tão bem se sequer era capaz de lhe dar a oportunidade de ser conhecido por ela. Ela queria tudo de uma vez, queria que ele a amasse, mas não lhe dava a oportunidade de aprender a amá-la. Ela é do tipo que acha que a pessoa tem que amar à primeira vista, entende? Não que eu própria não acredite em amor à primeira vista (acredito!!!), mas nem todas as pessoas amam assim. Muitas vezes, é somente com o tempo. E ele queria isso. Ela é que não permitia tal coisa. E definitivamente não o conhecia. Pois ele não era nada daquilo que ela o acusava de ser. É demonstração de insensibilidade pedir em casamento a mulher que espera seu filho? É crueldade acompanhá-la em sua primeira ultrassonografia? Desejar que ela tenha o melhor atendimento e estar presente sempre que ela precisa? É egoísmo correr para salvar a vida do animalzinho que para ela significava tudo? Caramba, o cachorro até mesmo o tinha mordido! O cachorro o odiava e mesmo assim o mocinho não hesitou em procurar ajuda para ele, pois sabia que a mocinha ficaria destruída se aquele cachorrinho morresse. Até mesmo quando o mocinho a impede de apanhar de um cara obcecado por ela, a idiota insiste em culpá-lo pela situação. Antes ele próprio tivesse lhe dado uma surra, sinceramente! Existiram momentos nos quais eu própria queria agredi-la.kkkkk... 

" - Seria diferente com você. Vai ser a mãe de meu filho. - E com um gesto súbito a fez cair de novo sobre o travesseiro e espalmou seu ventre. - Aí dentro está o meu filho. 

Surpresa com a raiva e o gesto dele, Rosie saltou da cama como se uma mola a impelisse, agarrou a camisola e começou a se vestir com mãos trêmulas. 

- Isso não significa que é meu dono. 

- Claro que sim! - resmungou Alexius com raiva. - E se acha que vou ficar de lado e esperar que se envolva com outro homem, está muito enganada!"

- E falando nas injustiças dessa mocinha (pois sim. Por mais que eu tenha aprendido a compreendê-la, em certos momentos é claro, tenho que admitir que ela sabe ser bem injusta), a declaração dela (num trecho mais acima) de que o mocinho não queria o bebê era totalmente falsa. Ele nunca disse que não queria aquele bebê. Ela achava que lia os pensamentos dele. E até mesmo quando ele dizia uma coisa, ela fingia que não o ouvia só para vir com suas acusações estúpidas. Até mesmo ficou toda mal humorada somente porque ele chamou o bebê (que ainda não era sequer chamado de bebê pelo próprio médico. Tinha poucas semanas) de "manchinha". O que diabos ela queria? Disse para ele, anteriormente, que queria sempre que ele fosse sincero com ela. Mas quando ele é sincero e diz o que viu, ela se sente ofendida. Posso com uma coisa dessa?! O que ela preferia? Que ele dissesse que conseguia "enxergar" o bebê e identificar até mesmo a cor dos olhos dele? Que até mesmo vira o bebê sorrir e dizer que os amava?! Ah, fala sério! Nunca conseguirei compreender totalmente essa desmiolada.kkkkkk... E apoio totalmente a atitude do mocinho, quase no final da história. Ele já estava cansado, oras! Estava na hora de conseguir o que queria. Quer ela quisesse, quer não. Se fosse esperar até que ela admitisse que realmente o queria, chegaria à terceira idade. E ainda assim ela continuaria sendo teimosa! A tola ainda achava que eles tinham que ter um relacionamento de ficar segurando as mãos e dando selinhos, quando estava grávida de um filho dele!kkkkk... Definitivamente, ela não joga com o baralho todo.kkkkkkk... Mas o mocinho a ama mesmo assim. Confesso que sinto pena dele.rsrsrs... 


" - Amo você, Alex. Amei desde o início - murmurou Rosie com meiguice e dignidade, por fim abandonando a atitude defensiva. - Seria difícil me perder. 

Ele a fez se levantar do sofá em que sentara e a apertou de encontro ao peito. 

- Preciso de você... Não gosto do mundo sem você. Será isso o amor?"


- Posso dizer, sem pensar duas vezes, que adorei essa história! A Lynne Graham finalmente aprendeu a não fazer mocinhos ogros. Não que eu não ame muitos dos mocinhos-vilões da autora (amo, sim! E tem uns que amo demais!), mas estou apreciando esses mocinhos mais dispostos a amarem, menos ignorantes e surdos. Os de antigamente sequer pareciam possuir audição quando se tratava das mocinhas. Eram incapazes de ouvir qualquer coisa que elas dissessem. E as acusavam de tudo que conseguiam imaginar. Acreditavam no pior inimigo das mocinhas e não tinham piedade ao humilhá-las diante de quem quer que fosse. Os que estou conhecendo atualmente não são assim. Eles até podem acusá-las (o que o Alex não faz), mas pelo menos permitem que a dúvida penetre a cabeça deles e param para pensar. "Será que realmente estou certo? Será que não cometi um erro ao julgá-la?" Eles se permitem duvidar de suas verdades. Dão uma chance para as mocinhas. As escutam!!!! Isso ainda representa uma grande surpresa para mim.kkkkkk... Nunca imaginei que os mocinhos dessa autora encontrariam a audição. :D 

- A única coisa que me impediu de dar cinco estrelas para essa história, foi o fato de não ter conseguido me envolver pelo início da história. Mas vocês já conhecem o motivo. Acredito que a culpa não foi do livro. Foi do dia difícil que tive. Meu humor estava muito péssimo. Se a culpa fosse do livro, eu creio que sequer teria me envolvido pelo resto da história. Mas pelo contrário. Me envolvi completamente e a amei. Creio que vocês não se arrependeriam de ler essa história. Pelo menos, eu não me arrependi. :D Cada vez mais amo essa minha autora tão querida. :)


" - Como ousa pensar que voltarei com você? 
- É lá que pertence... em minha casa comigo - informou Alexius com simplicidade. 
- Você me largou! - repetiu ela aos gritos.
Alexius fez de conta que não ouvia e murmurou:
- Quero-a de volta a minha casa. De volta para mim."

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

3 comentários:

  1. Amo vc estar de volta...........
    beijos

    ResponderExcluir
  2. Vai ser dureza esperar por esse livro kkkkk.....que inveja de voce kkk


    bjs,

    Monica

    ResponderExcluir
  3. Olá Luna... voce tem esse livro? eu gostaria mt de o ler... adoro ler os seus comentários sobre livros e tento sempre uma opiniao sua antes de ler um livro, também amo lynne graham e ja devorei os seus livros quase todos mas este ainda me falta, o meu mail é: cat_silva_neves2@hotmail.com
    se voce pudesse me enviar eu lhe agradecia mt.
    bjs

    ResponderExcluir

Seus comentários são sempre bem-vindos! E são muito importantes para o blog!

Topo