24 de julho de 2016

Primeiro Amor - James Patterson e Emily Raymond

Tempo de leitura:
(Título Original: First Love
Tradutora: Elaine Cristina Albino de Oliveira
Editora: Novo Conceito
Edição de: 2014)


Um retrato comovente de um verdadeiro amor, que vai tocar o coração de quem tem um primeiro amor todo seu

Axi Moore é uma garota certinha, estudiosa, bem comportada e boa filha. Mas o que ela mais quer é fugir de tudo isso e deixar para trás as lembranças tristes de um lar despedaçado. A única pessoa em quem ela pode confiar é seu melhor amigo, Robinson. Ele é também o grande amor de sua vida, só que ainda não sabe disso.

 Quando Axi convida Robinson para fazer uma viagem pelo país, está quebrando as regras pela primeira vez. Uma jornada que parecia prometer apenas diversão e cumplicidade aos poucos transforma a vida dos dois jovens para sempre. De aventureiros, eles se tornam fugitivos. De amigos, se tornam namorados. Cada um deles, em silêncio, sabe que sua primeira viagem pode ser também a última, e Axi precisa aceitar que de certas coisas, como do destino, não há como fugir. 

Comovente e baseado na própria vida do autor, este livro mostra que, por mais puro e inocente que seja, o primeiro amor pode mudar o resto de nossas vidas.



Palavras de uma leitora...


- Luna, você chorou? Sim. Claro que sim. Afinal de contas, James Patterson é o autor de O Diário de Suzana para Nicolas. Preciso dizer mais alguma coisa?! Quem, em sã consciência, leria um romance dele sem estar preparado para momentos de muitas lágrimas? Penso que está na hora de fugir de seus livros como fujo dos do Nicholas Sparks. Não que sejam histórias ruins. Bem longe disso. São ótimas e inesquecíveis. Mas o grande problema é que me deixam no chão. Me fazem chorar demais e imaginar momentos que a história não teve, entendem? Passei isso com Diário de Uma Paixão, Um Amor para Recordar... e desde então saio correndo na direção contrária sempre que vejo um livro do Nicholas Sparks. Vou acabar fazendo o mesmo com o James Patterson. Para o bem da minha saúde mental.rs

A resenha vai conter spoiler!!!! Bem... Isso se vocês acreditarem que a sinopse em si, a dedicatória do autor no início do livro e as primeiras palavras da protagonista não indicam o que vou dizer abaixo. Na minha opinião, o autor grita desde o início o que vou dizer. Então... não seria de fato spoiler. 


- O ponto positivo deste autor é que ele não te engana. Ele te avisa. Deixa claro desde o princípio que algo bem ruim vai acontecer. A sinopse é uma pista. E o início do livro, quando ele dedica essa história a uma mulher chamada Jane, deixa isso mais do que claro. As primeiras palavras da protagonista da história também nos dizem muito. Ou seja, é como se o James dissesse: "Veja bem: a história não é o romance que você está imaginando ou desejando ler. Vai ter muitos espinhos e um provável final não feliz. É sua escolha seguir lendo ou não. Só não diga que não avisei!". É bem assim. E gosto disso nele. Não gosto de ser pega de surpresa com esse tipo de coisa. Na verdade, detesto. É por isso que, diferente de muitas pessoas, aprecio que me deem spoilers. Para diminuir o impacto de certas cenas. Para me preparar para cenas que partirão meu coração. 

"O hoje, afinal, era tudo o que sabíamos ter."

- Nem sei como começar... Esta história me lembrou vários livros. O Diário de Suzana para Nicolas, A Culpa é das Estrelas, Como Eu era Antes de Você... Eu me peguei revivendo cenas desses livros ao ler certas páginas e isso foi mexendo ainda mais com minhas emoções. Eu já sabia no que a história iria dar. E tinha dia que eu fingia que o livro nem estava por perto, pois assim o casal continuaria sorrindo e feliz... desde que eu não seguisse com a leitura. Quanto mais eu lesse mais próximos eles ficariam da dor. E eu não queria isso. 

"Você pode planejar sua fuga, pode abandonar sua vida e sua família, você pode acelerar por uma pista dupla em um carro roubado. Mas há certas coisas das quais você nunca poderá escapar."

- Cansada do lar despedaçado para o qual era obrigada a voltar todos os dias após as aulas, Axi, uma adolescente de 16 anos, resolve fugir. Algo que ninguém jamais imaginou que poderia sequer passar por sua cabeça. Ela era a certinha, aquela que tirava ótimas notas e tinha pavor de fazer qualquer coisa errada, de quebrar até a mais insignificante regra. Nem ela própria conseguia acreditar que teria coragem de virar as costas para a vidinha que tinha naquele lugar e ir para bem longe. Sem um rumo certo. Sem saber se um dia retornaria. 

Seus pais sofreram uma enorme perda quando ela era ainda bem nova. Sua irmã caçula morrera, vítima de um câncer que destruiu não só a sua vida, mas também de toda a sua família. Incapaz de suportar aquela realidade, sua mãe partiu... sem pensar duas vezes. Sem olhar para trás... para a filha que sobreviveu. Para a menina a quem ela estava dando as costas.

Não conseguindo lidar com essas duas perdas seguidas, o pai de Axi se afogou no álcool, mal notando a existência dela. Tendo que amadurecer rápido demais e disposta a dar uma chance a si mesma, ela busca em seu melhor amigo um aliado para sua fuga. É então quando tem início a melhor e pior fase da sua vida. A mais linda e mais dolorosa. Uma viagem que ela jamais esqueceria. Que marcaria para sempre a sua vida. 

"Nossa sorte não acabaria. Era o que eu dizia a mim mesma. 
  Mas eram apenas palavras."

- Ao lado de Robinson, seu belo patife, ela viverá a mais louca experiência da sua vida. Correndo riscos, dormindo à luz das estrelas, cantando nas ruas, aprendendo sobre o amor e os maiores privilégios de se viver. Encontrará, pela primeira vez, uma família de verdade... e conhecerá o verdadeiro significado de lar. Mas não será uma experiência fácil... Como uma montanha-russa, a vida tem altos e baixos. E por mais doloroso que possa ser, a verdade é que é preciso aprender a cair. Ou... ao menos... a se levantar depois. 

"Tudo acaba um dia. Tudo."

- Até mesmo a dor, não é verdade? Não. Não é verdade. A dor não acaba. Não todas as dores. A dor de perder alguém muito amado... essa não passa. Podem passar 10, 20, 100 anos... ainda vai dor lembrar e saber que você não tem como ligar para essa pessoa. Que não existe um lugar na Terra no qual possa encontrá-la. A pior coisa em amar alguém é que sua ausência leva um pedaço de nós. E dói demais. Mas ainda assim... amar é a coisa mais linda do mundo. É o sentimento mais mágico e precioso. 

"Salvamos um ao outro, Robinson e eu. Ou, pelo menos, ele me salvou."

- A história começa bem leve, com diversos momentos divertidos. Os protagonistas são dois adolescentes bem humorados e louquinhos, que tudo o que desejam é viver. Sentir a vida. Arriscar, apostar. Ser livres pela primeira vez. Escapar de um mundinho fechado que parecia sufocá-los mais e mais a cada dia. Quem pode culpá-los por suas escolhas? Eu não. Quem me dera ter a metade da coragem deles! Eles são cheios de vida e isso contagia a gente. Nos faz sorrir, desperta um enorme carinho e nos faz torcer muito por eles, ainda que saibamos desde o princípio que o final feliz é improvável. Mesmo assim... nós torcemos. Temos esperança. 

"- Te amo, Axi Moore - ele sussurrou. - O que mais posso dizer?"

- A primeira parte da história parece um romance água com açúcar... daqueles seguros, ótimos para ler numa tarde tranquila. Uma história que não vai te fazer chorar. Doce ilusão. Porque a segunda parte chega golpeando nosso coração e começamos a realmente nos preparar para o inevitável. Ainda assim... uma tênue esperança permanece. 

"E se, ao viver a vida que escolheu, você condenar a si próprio - ou, pior, alguém a quem você ama?"

- Como em O Diário de Suzana para Nicolas, é possível retirar desta história importantes lições. E recordar coisas que o estresse ou a correria do dia a dia nos faz esquecer. A vida é uma só. E está mais do que na hora de aprendermos a viver. Aproveitar cada milésimo de segundo, como a Suzana mesmo diria. Porque o amanhã pode não existir. Temos que agarrar com todas as nossas forças a oportunidade que temos. Viver é um privilégio. Aproveite a chance que você tem. Viva! Apenas viva. 

"Não éramos capazes de conhecer o futuro ou saber quanto tempo ele ia durar. Podíamos apenas escolher ser felizes e viver o agora."

- O livro tem vários trechos marcantes, mas um dos que mais me atingiram foi aquele no qual a Axi diz: "Eu era eu mesma e eu era ele". É um trecho que me levou de volta ao Morro dos Ventos Uivantes, quando a Catherine diz: "Eu sou o Heathcliff". Eu senti a mesma intensidade nas palavras da Axi. A mesma paixão, a mesma certeza. E isso me provocou um nó na garganta. 

"Talvez uma daquelas forças mágicas do universo físico contribuísse para me manter seguindo adiante, não importa a dor que sinto."

- Recomendo a história? Claro que sim! A todos aqueles que querem ler uma linda, simples e encantadora história de amor e coragem de dois jovens que deveriam ter toda uma vida pela frente... que nos ensinam muito. Mas que, infelizmente, deixam nossos corações em pedaços no final. Vale muito a pena ler o livro. Desde que você esteja preparado para a forma como termina. 

"De certo modo, eu sabia que era verdade. Estaríamos juntos para sempre."

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

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