9 de dezembro de 2018

O Conto da Aia - Margaret Atwood

Tempo de leitura:
(Título Original: The Handmaid's Tale
Tradutora: Ana Deiró
Editora: Rocco
Edição de: 2017)

Visão assustadora de uma sociedade radicalmente anulada por uma revolução teocrática no século XXI, O conto da aia tornou-se um dos romances mais poderosos de nossos tempos. Nas palavras da própria Margaret Atwood, "a República de Gilead é construída sobre a base das raízes puritanas do século XVII que sempre estiveram por baixo da América moderna que pensávamos conhecer". 



Palavras de uma leitora...


Depois de tanto ter ouvido falar deste livro decidi que não havia momento melhor para adquiri-lo do que no Dia Internacional da Mulher, quando a Saraiva fez uma mega promoção, concedendo 50% de desconto na compra de cada livro. Foi a melhor promoção do ano, sem dúvidas.rs E embora eu tenha desejado ler o livro assim que o tive em minhas mãos o medo acabou falando mais alto, pois o pouco que sabia sobre a história era o suficiente para me deixar apavorada. 

Foi somente com o projeto Leitura Coletiva que tive coragem de apostar na história, uma vez que não faria a leitura sozinha e poderia desabafar com os outros leitores, sabendo que eles estariam passando pela mesma angústia.kkkkkk... Assim, ao longo de três semanas, fui atormentada pela realidade de O Conto da Aia, quando um governo teocrático e totalitário se levantou e anulou os direitos das pessoas após um repentino golpe de Estado, com o assassinato do presidente dos Estados Unidos e a execução dos membros do Congresso. E sabe de uma coisa? O livro se passa em pleno século XXI (final do século XX e início do século XXI pelo que pude perceber). Isso é o mais assustador. A história se passa numa época em que existia uma grande liberdade, direitos garantidos, mulheres trabalhando e sendo independentes, movimentos feministas e de LGBT, defesa do não preconceito racial, entre outros movimentos pela defesa dos direitos humanos. As pessoas eram livres e jamais passaria pela mente delas que um dia tudo poderia chegar ao fim. Que seus direitos não eram tão garantidos assim. Que uma Constituição poderia ser derrubada e direitos humanos ignorados. 

"Foi então que suspenderam a Constituição. Disseram que seria temporário. Não houve sequer nenhum tumulto nas ruas. As pessoas ficavam em casa à noite, assistindo à televisão, em busca de alguma direção. Não havia nem um inimigo que se pudesse identificar.
Cuidado, disse Moira para mim, ao telefone. Está vindo por aí.
O que está vindo por aí?, perguntei."

- As coisas aconteceram tão de repente que as pessoas não tiveram nem tempo para reagir. Apavoradas com o ataque terrorista, que elas acreditavam ter sido praticado por radicais islâmicos, nem lutaram quando a suspensão da Constituição foi decretada e os direitos suprimidos. O estado de sítio era necessário, certo? Era uma situação de emergência, segurança nacional. Ninguém podia se preocupar com suas próprias liberdades quando o país inteiro estava ameaçado. Assim a população esperou, temerosa, sem entender o que de fato estava acontecendo. Mas quando tudo ficou claro já era tarde demais. Não havia mais chance de luta. Não tinha como escapar. 

"Então me lembrei de algo que eu tinha visto, mas não havia reparado na ocasião. Não era o exército. Era outro exército."

- Primeiro foram as prostitutas que desapareceram das ruas. Mas quem se importava? Elas incomodavam. Eram uma vergonha para as famílias de bem, destruidoras de lares. As demais mulheres até ficaram aliviadas com aquela "limpeza", embora não soubessem o que de fato havia acontecido com elas. Alguém precisava fazer algo, diziam. Uma providência precisava ser tomada e a população ficou contente. Qualquer objeto pornográfico (revistas, filmes etc) tornou-se proibido. Era crime grave possuir qualquer coisa do tipo em sua residência. Mas até aí tudo bem. 

Então num belo dia uma nova lei foi criada: a partir daquele momento mulheres não poderiam trabalhar. Ter uma profissão. Advogadas, médicas, engenheiras, bibliotecárias, o que fosse... todas dispensadas de uma hora para outra. Suas contas congeladas. Afinal de contas, a nova lei também dizia que mulheres não poderiam possuir bens. Maridos ou outros parentes próximos é que deveriam administrar as coisas. O dinheiro delas passaria para as mãos deles. 

"Houve passeatas, é claro, muitas mulheres e alguns homens. Mas foram menores do que se teria imaginado. Creio que as pessoas estavam com medo. E quando se tornou de conhecimento público que a polícia ou o exército, ou fossem lá quem fossem, abririam fogo quase que tão logo quaisquer das passeatas começassem, as passeatas pararam."

- Foi natural a leitura tornar-se proibida. Era algo venenoso, letal. Quem fosse pego lendo poderia sofrer um castigo severo, até mesmo ter uma de suas mãos amputadas. Os letreiros das lojas foram trocados por desenhos, livros foram recolhidos, alguns destruídos, outros guardados pelos que detinham o poder. Mulheres não podiam saber ler. Deveriam esquecer a vida que tinham tido até então. Tudo estava acabado e o melhor seria se conformar. Era hora de trazer de volta as leis do Antigo Testamento, ou o que o novo governo interpretava dele. Uma nova era começava. 

Quem possuía alguma religião cristã e era legalmente casado (leia-se: primeiro casamento) no início foi deixado relativamente em paz. Eram pessoas de família, cidadãos corretos. Desde que não se metessem no que acontecia com os outros tudo estaria bem para eles. Por um tempo. Mas homens e mulheres divorciados e que construíram uma nova família foram considerados adúlteros pela lei. Assim o casamento era ilegal e tais mulheres deveriam tornar-se propriedade do governo. Os filhos delas? Confiscados. Arrancados de seus braços e entregues aos escolhidos pelo governo. 

Assim foi que aconteceu com a protagonista, a aia que nos conta sua história e como o mundo que ela até então conhecia chegou ao fim. Como perdeu a sua filhinha e o homem a quem amava. Como passava cada dia sem saber se eles ainda estavam vivos. Se um dia seria o corpo de Luke que ela veria pendurado no Muro, onde ficavam expostas as pessoas executadas pelo regime. 

"Não há ninguém que eu possa amar, todas as pessoas que eu podia amar estão mortas ou em outro lugar. Quem sabe onde estão ou quais são seus nomes agora? Poderiam muito bem não estar em lugar nenhum, como eu estou para elas. Também sou uma pessoa desaparecida."

- Como Luke havia sido casado antes dos dois construírem sua própria família, Offred (nome dado pelo governo) foi uma das tantas mulheres sequestradas durante a República de Gilead e levadas para o Centro Vermelho, onde deveriam ser educadas (leia-se: lavagem cerebral) para se tornarem aias. Após uma rígida reeducação, com ensinamentos bíblicos distorcidos, punições e manipulações eficazes, essas mulheres seriam entregues nas casas de membros do alto escalão do poder, que possuíam o direito de terem aias, servas que tinham como missão procriar. Dar-lhes filhos. Como a taxa de natalidade havia caído muitíssimo ao longo dos anos; fosse por conta de doenças sexualmente transmissíveis que provocavam esterilidade, fosse porque mulheres tinham optado por ligarem as trompas, fosse por conta de acidentes radioativos, epidemias, a questão é que ter filhos tornou-se um privilégio. Crianças eram raridade e extremamente desejadas pelas famílias que se formaram durante o novo regime. Desta forma as aias eram comuns nas casas dos poderosos Comandantes e toleradas pelas Esposas, uma vez que seriam apenas um objeto utilizado para trazer ao mundo os filhos que seriam delas, das Esposas. 

Offred já havia passado por uma outra casa antes de chegar a do seu atual Comandante. As coisas não tinham dado muito certo e lhe foi concedida uma segunda tentativa. Ela sabia que após a terceira sua vida chegaria ao fim. Mas que vida? O que ela de fato possuía? Nada. Nem mesmo a sua identidade. Cada dia cumpria as ordens que lhe eram dadas. Nas noites escolhidas pela Esposa e pelo Comandante ela era obrigada a deitar-se e deixar que eles utilizassem seu corpo como bem entendessem. Tinha que engravidar. E após nove meses ver seu bebê ser entregue aos braços de outra pessoa. Ser retirado dela como um dia sua filha também tinha sido. Já não tinha forças para chorar. Estava se acostumando. E isso era o pior. Ela estava começando a esquecer o passado, a sua vida. Por isso precisava nos contar a sua história. Manter vivo o pouco que ainda recordava e também deixar registrado aquilo no qual se transformou o país em que ela tinha vivido. 

"Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
Ninguém disse quando."

- Dá para vocês terem uma ideia do quanto esta história mexeu comigo. Com minhas emoções e minha mente. Com a minha já inseparável ansiedade. Se já sou nervosa e temerosa por natureza, ao ler O Conto da Aia isso foi elevado a décima potência. Sobretudo após os acontecimentos dos últimos meses no Brasil. As semelhanças com o passado da nossa nação e com o presente são gritantes. A forma como as pessoas foram manipuladas, levadas a acreditar que tudo aquilo era para o bem, que uma mudança era necessária, que o país tinha que ser salvo do mal, de quem tinha levado a nação para o buraco. Mas a mudança era melhor para quem? Como uma famosa frase do livro: "Melhor?, digo, em voz baixa, apagada. Como ele pode pensar que isto é melhor? Melhor nunca significa melhor para todo mundo, diz ele. Sempre significa pior, para alguns." E é exatamente assim que funciona. As pessoas pensam tanto em seus direitos, no que elas consideram correto, no que lhes agrada e esquecem dos outros. Amar ao próximo é desnecessário, certo? Para que amar ao próximo se pensar no meu próprio umbigo é mais conveniente? Tanta hipocrisia me enoja. E o mesmo se passa no livro. Enquanto eram os direitos dos outros que estavam sendo atingidos ninguém se importou. Foi somente quando aquela realidade também os atingiu que entenderam a gravidade do que estava acontecendo e aí já era tarde demais. 

- Eu sofri demais com esta história. Não só por tudo o que aconteceu com as mulheres e também com os homens que tentaram se rebelar. Mas sobretudo por ver tantas semelhanças com tragédias já ocorridas no mundo. E a grande probabilidade de algo pior um dia acontecer. As pessoas são tão ingênuas. Acreditam tanto na garantia dos seus direitos, nas constituições de seus países, na proteção dada pelos direitos humanos. Não entendem, não conseguem perceber como tudo é frágil. Nada é garantido. Se você pensa o contrário lamento dizer que está se iludindo. Qualquer direito um dia pode ser destruído. Basta que um governo forte deseje isso. Se não fosse assim ditaduras não existiriam em pleno século XXI. E olha que os direitos humanos estão aí, eles e vários tratados sobre o assunto, assinados e ratificados pelas nações. E o que é pior: a ditadura escancarada ou aquela que é disfarçada de democracia? (frase já existente antes de ser levianamente mencionada por aí nos últimos anos). Antes de responder é melhor ler O Conto da Aia

"Sinto-me enterrada."

- Durante a República de Gilead muitas atrocidades foram cometidas, como os salvamentos de homens e mulheres. Médicos, padres, outros religiosos que se rebelavam contra o governo, maridos que não aceitavam a nova situação... Enfim... Eram variados aqueles executados pelo regime. Os sentenciados à morte eram brutalmente enforcados e pendurados no Muro para servir de exemplo, como em épocas anteriores da História do mundo. Os salvamentos de mulheres eram mais raros, pois elas tinham sido tão massacradas e anuladas que já não tinham forças para se rebelar. Mesmo assim ainda acontecia. Eram assassinadas da mesma maneira, na presença de outras mulheres, que deveriam manifestar abertamente apoio aos assassinatos, quer quisessem ou não. Como os homens também tinham seus corpos pendurados no Muro, como uma coisa qualquer, sem direito a um enterro digno. 

"O momento da traição é o pior, o momento em que você sabe, além de qualquer dúvida, que foi traído: que algum outro ser humano desejou a você tamanho mal."

Mas nem todas as mulheres se tonaram aias (propriedades do governo para servirem de barriga de aluguel, escravas para procriação. Vestes vermelhas), ou Esposas ("privilegiadas" escolhidas para se casarem com os Comandantes. Vestes azuis), econoesposas (esposas concedidas a homens pobres. Vestes que eram mistura de cor vermelha, azul e verde), marthas (criadas das casas, que limpavam, cozinhavam, eram empregadas domésticas. Vestes verdes), Tias (religiosas da República que faziam a lavagem cerebral nas aias no Centro Vermelho). Muitas mulheres também se viram numa posição diferente: decretadas NÃO MULHERES. Eram as que iam imediatamente para a execução ou para as Colônias. Entre elas estavam as muito idosas e inúteis, as bissexuais ou homossexuais, as que tinham feito algum procedimento cirúrgico para não engravidarem, as feministas, ateias, as freiras que não se convertiam e mesmo após torturas não aceitavam a nova religião, entre outras. Nas Colônias elas viviam o inferno. Era como ser assassinada lentamente. Tinham no máximo, na melhor das hipóteses, uns quatro anos de vida. Antes que os produtos tóxicos com os quais eram obrigadas a lidar as matasse. Isso se a fome não matasse antes. Os campos de concentração passam por sua mente ao ler isso? Pois bem. Também me lembrei deles. É algo semelhante. Até porque boa parte da população do país (e do mundo) não sabia da existência das Colônias. E quando sabiam não faziam ideia de que eram campos de tortura, de despejo humano, onde as pessoas trabalhavam sem descanso, passavam fome e eram envenenadas lentamente. 

"Acredito na resistência do mesmo modo que acredito que não pode haver luz sem sombra; ou melhor, não pode haver sombra a menos que também haja luz. Tem que haver uma resistência [...]"

- Claro que como em qualquer parte do mundo e sob qualquer regime totalitário surgem as resistências. Sempre haverá alguém para lutar por um mundo melhor, sempre haverá alguém que tentará mesmo sabendo que não viverá o suficiente para ver a mudança. Em O Conto da Aia não é diferente. Duas resistências distintas e interligadas surgem e se fortalecem ao longo dos anos. Mas a pergunta é: são suficientes para sequer abalar um governo que esperou pacientemente o momento perfeito para dar o seu golpe? Um governo tão bem preparado? Isso vocês só irão descobrir lendo, claro. Tudo o que eu disse aqui.... não é nem um terço do que vocês encontrarão no livro. E nem pode prepará-los para o que sentirão. Eu chorava tanto... sobretudo na metade da segunda semana de leitura, quando enfrentamos boa parte dos capítulos pesados. Mas quando a terceira semana de leitura foi chegando ao fim e vieram capítulos chocantes... eu própria já não tinha forças para chorar. O final foi impactante. De me deixar de boca aberta e coração acelerado. 

"Não deixe que os bastardos esmaguem você."

- Esta leitura é extremamente necessária. O Conto da Aia é um livro que deve ser lido por todos. Porque serve de alerta, porque chama a nossa atenção, nos dá aquela sacudida capaz de nos despertar. Aproveitem o privilégio que têm de ler. Se uma ditadura fosse implantada hoje tenha certeza que este seria um dos livros que seriam rapidamente proibidos. Livros sempre foram considerados perigosos, queridos. Porque eles nos fazem pensar. Nos dão conhecimento, despertam o pensamento crítico. Os livros mudam as pessoas. 




O Conto da Aia, como eu disse, foi nossa escolha para a Leitura Coletiva de novembro/dezembro. Ele se tornou um dos meus livros preciosos da estante. Que merece uma posição de destaque por ser especial. Este é um livro que me mudou. Que alterou algo dentro de mim e me fez ainda mais consciente da realidade não só do Brasil, mas do mundo. E como os movimentos feministas e os demais existentes pela luta dos direitos humanos são necessários. Os defenderei sempre. 

E os livros, queridos! Temos que incentivar mais e mais a leitura. Um mundo que desvaloriza a leitura tende a regredir. As pessoas precisam ler, precisam desenvolver o pensamento crítico. Senão qualquer um com um mínimo de capacidade de persuasão, com a lábia perfeita, conseguirá manipulá-las. Deem livros de presente! Emprestem livros! Comprem livros! Leiam e convençam suas famílias e amigos a lerem! O mundo precisa de mais leitores. 

"Não permitas que sofram demais. Se tiverem que morrer, que a morte seja rápida. Poderias até oferecer-lhes um Céu. Precisamos de Ti para isso. O Inferno podemos fazer nós mesmos."

Leitora apaixonada por romances de época, clássicos e thrillers. Mãe da minha eterna princesa Luana e dos meus príncipes Celestino e Felipe (gatinhos filhos do coração). Filha carinhosa. Irmã dedicada. Amiga para todas as horas. Acredita em Deus. E no poder do amor.

13 comentários:

  1. Oi, Luna!
    Ainda não li esse livro, mas quero muito! Tenho vontade de ver a série também, mas tenho adiado por querer ler o livro primeiro. Imagino que, assim como você, sentirei que algumas partes podem me deixar abaladas pela violência, mas considerando nosso contexto político, parece uma leitura mais do que necessária. Adorei ler sua resenha super completa! Beijos.

    Jéssica Martins
    castelodoimaginario.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Olá!
    Ainda preciso ler esse livro. Acho tão realista, chocante, necessário, impactante, assustador, que tenho certeza que vou adorar.
    Adorei suas considerações!
    Beijos!

    Camila de Moraes

    ResponderExcluir
  3. Eu perdi essa promo da Saraiva! :( Poxa, queria ler esse livro, confesso, mas até então dei prioridade para outros livros. Depois da sua resenha acho que é prioridade de 2019 comprar e ler essa obra. A leitura deve ser muito tocante e chocante mesmo. Amei suas palavras!
    beijos

    ResponderExcluir
  4. Ola...

    Eu conheco esse livro desde o seu lamcamento, porem, acredito que nao consiga ler esse livro. Ele parece tenso, pesado, polêmico e atuamente ando fugindo de historias assim.

    Beijos

    ResponderExcluir
  5. Estou louca para iniciar a leitura desse livro. Tenho em casa, maa ainda não consegui ler. Estou bem ansiosa e com muita expectativa também. Com tantas resenhas positivas, sei que vou acabar gostando muito.

    ResponderExcluir
  6. Oii tudo bem ?
    Eu vejo muito desse livro por aí confesso q não li até agora
    Ele tem uma temática pesada mais importante quem sabe em breve eu leia.
    Esse deve ser aqueles livros q dão tapa na cara de muitos depois da resenha fiquei mais curiosa
    Deu pra entender melhor como vai ser a história.

    Bjs

    ResponderExcluir
  7. Oi!
    Escuto e leio muito comentários sobre esse livro, mas por causa dele ter uma carga emocional muito grande ainda não tive coragem de ler, talvez como você em uma leitura coletiva até leria, sua resenha foi muito bem explicativa e fiquei muito curiosa sobre final dessa história, parabéns suas palavras me tocaram muito, bjs!

    ResponderExcluir
  8. Olá, tudo bom?
    Primeiramente, parabéns por essa resenha extremamente completa e avassaladora.
    Li esse livro recentemente e me senti angustiada e preocupada, assim como você. Esse livro nos mostra de uma forma muito clara como os nossos direitos encontram-se em uma linha tênue e como é fácil perdê-los quando nos omitimos quando coisas erradas começam a acontecer e nos mantemos inertes por não sermos afetados diretamente.
    Esse livro é realmente muito necessário e acredito que deveria ser uma leitura obrigatória.
    Amei demais sua resenha ♥
    Beijos!

    ResponderExcluir
  9. Eu li esse livro assim que foi relançado pela Rocco e fiquei absurdamente espantada em como muita coisa bate com a nossa realidade, infelizmente. Pra mim também foi uma leitura bastante prazerosa e recomendo pra todo mundo.

    ResponderExcluir
  10. Oi, tudo bem?
    Preciso te dar parabéns pela resenha! Essa é uma leitura extremamente difícil e confesso que, apesar de já ter lido há mais de 1 ano, ainda não consegui escrever uma resenha sobre ele. É doloroso ler tudo o que acontece e ainda mais assustador quando pensamos na semelhança que ele tem com a realidade. É triste ver que o Brasil está cada dia mais próximo do que foi retratado nesse livro.
    Adorei sua resenha e acho que esse livro é uma leitura muito relevante e merece ser muito divulgado.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  11. Eu estou desesperado de vontade de ler esse livro. Ele já está na minha lista de 2019. Dizem ser a melhor distopia de 2018.

    ResponderExcluir
  12. Oi Luna, tudo bem?
    Estou louca para ler esse livro, principalmente, porque eu li vários comentários positivos, incluindo os seus. Esse livro parece ser, além de tudo, extremamente reflexivo. Também quero ler para poder assistir a adaptação.
    Acho que no mesmo estilo você vai gostar muito de de As horas vermelhas.
    Beijos,
    @umoceanodehistorias_

    ResponderExcluir
  13. Olá
    Sou louca para ler esse livro pela tematica na qual ela aborda. Todas as minhas amigas que leram recomendaram muito o livro.Tenho certeza que esse livro trás uma reflexão no qual vamos carregar para o resto da vida. Vi muitas pessoas comparando o novo lançamento da arqueiro VOX com esse livro e isso só aumenta minha vontade em fazer a leitura, sua resenha me deixou curiosa para fazer a leitura, Foi a resenha mais detalhada que eu li sobre esse livro, parabéns ♥

    ResponderExcluir

Seus comentários são sempre bem-vindos! E são muito importantes para o blog!

Topo